HEPATITES VIRAIS: INTERFACES DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Palavras-chave:
Agentes comunitárias de saúde, Hepatites virais, Enfermagem, Educação em saúdeResumo
O elevado índice de casos de hepatites virais na cidade de Chapecó – SC é motivo de preocupação por parte da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e Vigilância Epidemiológica do município. Assim, surge a necessidade de proporcionar momentos de discussão sobre a temática com os profissionais de saúde para uma atenção diferenciada ao combate e prevenção dessa comorbidade. Tendo em vista que as Agentes Comunitárias de Saúde (ACS) são as profissionais da equipe de Estratégia de Saúde da Família que mantém mais proximidade com a comunidade, torna-se valoroso prepará-las para atuar voltando suas ações para o perfil de saúde do território. Nesta perspectiva, esse resumo tem como objetivo compartilhar a experiência da oficina realizada junto as ACS, do município de Chapecó, acerca das hepatites virais, com o intuito de promover um espaço de troca de saberes e qualificação sobre a temática, incentivando a promoção da saúde, prevenção da doença e seus possíveis agravos. A oficina aconteceu no primeiro semestre de 2016, envolvendo aproximadamente cento e cinquenta ACS sendo organizada por cinco acadêmicas da quinta fase do curso de Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul, através do componente curricular “Cuidados de enfermagem em atenção básica de saúde”. Após a preparação realizada em sala de aula, sob orientação das docentes, a atividade aconteceu em duas datas, sendo que em cada encontro, os participantes foram separados em pequenos grupos, onde cada um discutia sobre um tipo de hepatite viral: A, B, C, D e E, utilizando-se da dinâmica “café mundial”, com duração total de uma hora. Em cada pequeno grupo, após dez minutos de troca de conhecimento sobre a temática, as acadêmicas circularam pelos outros grupos, desta forma, oportunizando que todos pudessem conversar e esclarecer dúvidas sobre os diferentes tipos de hepatites. Foi possível perceber que muitas ACS conheciam as formas de prevenção e contaminação da doença, contribuindo para o desenvolvimento da atividade, participando de forma ativa através do partilhar de suas vivências. Discutiu-se ainda, como as ACS podem abordar esse tema junto a comunidade as quais pertencem, refletindo no seu papel frente a essa realidade e as maneiras de identificar possíveis áreas de risco. A dinâmica proporcionou às acadêmicas momentos de discussão, estudos e busca de informações sobre o tema debatido, exercitando futuras ações desenvolvidas na rotina profissional do enfermeiro como coordenador de equipe e corresponsável pelas ações de educação em saúde. A experiência permitiu a troca de conhecimento e vivências a partir das conversas geradas em cada grupo, proporcionando a reflexão teórico-prática sobre a situação/contexto de saúde envolvido no que tange às hepatites virais. As ACS avaliaram positivamente a atividade, sugerindo mais espaços com abordagens dinâmicas e relevantes para formação complementar. Desta forma, destaca-se a importância da interação entre universidade e comunidade externa, oportunizando a transmissão e obtenção de saberes não abrangidos pela teoria/metodologia do meio acadêmico, e ainda, a relevância da qualificação acadêmica para lidar não apenas com esse público, mas também em qualquer âmbito no que se refere a realização de educações em saúde.
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