ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE TERMINAIS DE COMPUTADORES DE UM HOSPITAL DE ENSINO DO SUL DO BRASIL

Autores

  • Adriana Schmidt Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Passo Fundo
  • Sofia Japur Ihjaz UFFS-Campus Passo Fundo
  • Andre Tessaro UFFS- Campus Passo Fundo
  • Luana Claudia Manica UFFS-Campus Passo Fundo
  • Stephani Dalla Vecchia UFFS-Campus Passo Fundo
  • Amauri Braga Simonetti UFFS-Campus Passo Fundo
  • Jairo Jose Caovilla UFFS-campus Passo Fundo; Hospital da cidade de Passo Fundo
  • Sinara Guzzo Chioqueta Hospital da Cidade de Passo Fundo

Palavras-chave:

Pesquisa científica

Resumo

Resumo: Ao longo das últimas décadas, a utilização de computadores em ambientes hospitalares tem aumentado consideravelmente. Esses equipamentos introduzidos nas unidades administrativas ou de atendimento aos pacientes podem servir como reservatórios de agentes potencialmente patogênicos (fômites). O contato das mãos dos profissionais de saúde com componentes contaminados dos computadores e posterior contato com os pacientes, favorece a disseminação desses micro-organismos no meio hospitalar e o aumento das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS). O objetivo deste trabalho foi avaliar a contaminação bacteriana de terminais de computadores utilizados em diferentes setores do Hospital da Cidade de Passo Fundo-RS (HCPF), analisando o possível papel dos mesmos como fômites de infecção hospitalar. Ao todo foram coletadas amostras de 221 terminais de computadores situados em setores críticos (UTI neonatal, UTI adulto, hemodiálise, centro cirúrgico e obstétrico), semicríticos (pronto atendimento, enfermarias de clínica, cirurgia, pediatria, maternidade, salas de endoscopia digestiva e de hemodinâmica) e não críticos (administração, recursos humanos, comissão de residência médica, almoxarifado e farmácia interna). A coleta foi realizada com swab umedecido em solução salina, por fricção contra teclas e mouse. Os swabs foram inoculados em caldo enriquecido TSB e incubados por 18 a 24 horas em estufa microbiológica a 35-37°C. A seguir foi realizada semeadura em placas de Petri contendo ágar sangue e ágar MacConkey. As placas foram incubadas a 35-37ºC por 24 horas e as colônias presentes nos meios de cultura foram identificadas por técnicas convencionais. Em 87,5% das amostras houve crescimento de micro-organismos, sendo identificados 11 tipos de bactérias. Cocos Gram-positivos foram os mais frequentes, com predominância de Staphylococcus coagulase-negativos (44,3%). As bactérias Gram-negativas foram responsáveis por apenas 4,2% dos casos. Não houve diferença significativa entre os três setores, embora Staphylococcus aureus tenha ocorrido com maior frequência nos setores críticos. Elevados níveis de contaminação foram observados nos terminais de computadores dos três setores, reforçando a importância da higienização desses equipamentos para evitar a transmissão cruzada de micro-organismos para os pacientes, assim como a correta higienização das mãos dos profissionais de saúde.
Palavras chave: bactéria; computador; contaminação; hospital; Staphylococcus.

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Publicado

23-11-2016

Edição

Seção

Campus Passo Fundo - Projetos de Pesquisa