O SISTEMA SOLAR: UM RELATO DE UMA PRÁTICA DE ENSINO

Autores

  • Camila Richter Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Cerro Largo
  • Fernanda Schwan Universidade Federal da Fronteira Sul Cerro Largo

Resumo

O presente resumo apresenta uma intervenção didática que foi realizada em uma turma do quinto ano da Escola Estadual Sargento Sílvio Delmar Hollenbach, a partir de uma ação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID Interdisciplinar da UFFS/Campus Cerro Largo/RS. A prática foi elaborada juntamente com a professora da turma numa ação conjunta que possibilita trocas de saberes e qualifica a interação universidade e escola. Partimos da problemática que a qualificação do ensino requer professores mais críticos-reflexivos num constante movimento de pensar e repensar as suas práticas. Acreditamos que para isso é preciso a superação de aulas apenas tradicionais com uso exclusivo do livro didático num simples movimento de tentar “transferir” o conhecimento que nele está descrito para os alunos. Uma alternativa, que visualizamos, é a inserção de aulas mais interessantes e, prazerosas, que possibilitem uma inter-relação teoria e prática.. Assim, a prática em questão consistiu na construção de um modelo de sistema solar, que teve como objetivo possibilitar aos estudantes a identificação dos planetas, seu posicionamento, bem como, esclarecer sobre os seus componentes e a sua formação. Para isso fizemos uso de vídeos, de aplicativos e de buscas realizadas na internet pelo uso do laboratório de informática da escola mediante, leituras de textos pelos estudantes. Todo esse processo teve um planejamento coletivo entre bolsistas e professora. Inicialmente realizamos um diálogo com os alunos para visualizarmos quais os conhecimentos que já possuíam sobre sistema solar, num movimento de questionamentos. Em seguida, a turma foi dividida em duplas e cada dupla recebeu o nome de um planeta a ser investigado por eles, também foi solicitado que cada dupla trouxesse bolas de isopor com tamanhos representativos a cada planeta. Na sequencia, tendo em vista ampliar os conhecimentos acerca dos planetas, realizamos no laboratório de informática da escola uma busca na internet referente ao sistema solar com atenção, ao planeta que cada dupla recebeu (características, tamanho e outras informações). Essa busca foi orientada pela indicação de sites e de textos de leituras. Na aula seguinte cada dupla apresentou para os colegas, professora e bolsistas o resultado da sua busca e assim foram socializados aspectos importantes de cada um dos planetas. Após foram pintadas as bolas de isopor e, em seguida, os modelos dos planetas foram expostos na sala de aula. Por fim, reafirmamos que esse diálogo teórico prático estabelecido em sala de aula proporcionou uma efetiva participação dos alunos, eles demonstraram interesse pela temática e isso é fundamental no processo de ensino. Por fim, concluímos afirmando a importância do PIBID tanto para o contexto escolar como para a nossa formação docente,  pois descobrimos o quão importante é participar das atividades escolares e do cotidiano dos alunos.

Biografia do Autor

  • Camila Richter, Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Cerro Largo

    A compreensão dos conceitos científicos em sala de aula na educação básica é imprescindível para que o estudante possa estabelecer as relações necessárias com o seu dia-a-dia e reconhecer a importância deste conhecimento para melhorar sua qualidade de vida. Nesse contexto, encontra-se a experimentação como metodologia que proporciona ao professor diversificar as aulas de Ciências e promover a aprendizagem dos alunos. O propósito deste trabalho de pesquisa foi desenvolver e valorizar a atitude investigativa e o conhecimento prévio dos alunos acerca de seus conhecimentos sobre o uso do laboratório de Ciências. A realização deste trabalho foi possível a partir da inserção das bolsistas no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID Interdisciplinar da UFFS/campus Cerro Largo/RS, o qual apresenta como intenção proporcionar aos licenciandos da área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias a inserção na prática escolar através de ações realizadas de forma compartilhada. A atividade foi desenvolvida em uma aula com os alunos do sexto ano do ensino fundamental de uma escola pública do município de Cerro Largo/RS, utilizando um jogo da memória sobre os instrumentos de laboratório. O jogo apresentava como objetivo: associar o nome de cada vidraria ou equipamento com o seu uso específico para reconhecer os materiais de um laboratório, aplicar corretamente a técnica de utilização de cada tipo de material, conhecer as vidrarias do laboratório e saber suas funções. O jogo possui 56 cartas contendo 18 tipos de instrumentos laboratoriais e o restante são imagens relacionados as práticas de segurança que os estudantes devem ter ao ingressar no laboratório de ciências. Os estudantes foram organizados em cinco grupos sendo que as cartas foram embaralhadas em cada grupo e dispostas sobre a mesa. O estudante que conseguiu juntar uma maior quantidade de pares das cartas foi o vencedor. Destaca-se que muitos estudantes possuem dificuldade na realização de atividades experimentais por não conhecerem as vidrarias e equipamentos que são utilizados no laboratório. Sendo assim, compreende-se a necessidade de trabalhar com metodologias que possibilitem o reconhecimento dos equipamentos de laboratório a fim de auxiliar na realização das atividades experimentais. A realização desta atividade desenvolveu a integração do conteúdo abordado em sala de aula com o cotidiano e possibilitou o acesso ao conhecimento laboratorial pelos estudantes de forma crítica e reflexiva, através das observações e questionamentos feitos em sala de aula e para a busca temática do conteúdo a ser abordado. Compreende-se que o ensino das ciências deve ocorrer de maneira integrada com as atividades de laboratório, pois auxilia no desenvolvimento de ações que potencializam a construção do conhecimento.

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Publicado

20-10-2016

Edição

Seção

Campus Cerro Largo - Projetos de Ensino