EXTRATOS VEGETAIS NO CONTROLE ALTERNATIVO DE PODRIDÃO PARDA EM PESSEGUEIRO

Autores

  • EDIANE RONCAGLIO BASEGGIO Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Erechim
  • SILVIONEI WEBBER
  • DIEGO TRENTIN
  • PAOLA MENDES MILANESI

Resumo

A procura por alimentos mais saudáveis tem gerado a necessidade de testar produtos naturais para o controle de fitopatógenos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito dos extratos aquosos de alho (Allium sativum), carqueja (Baccharis trimera) e alecrim (Rosmarinus officinalis) sobre o controle “in vivo” e “in vitro” da podridão parda (Monillinia fructicola) do pêssego. Para isso foram utilizados pêssegos da cultivar “Granada”, coletados no interior do Município de Floriano Peixoto-RS. Os tratamentos avaliados foram: T1) Testemunha; T2) Extrato de alho; T3) Extrato de Carqueja; T4) Extrato de alecrim e T5) Controle químico. O patógeno foi isolado em meio de cultura BDA (Batata-Dextrose-Ágar) a partir de pêssegos infectados (múmias) coletados no pomar utilizado para desenvolver o experimento. No teste in vivo foram aplicados os tratamentos na concentração 10% a cada sete dias, do início da floração até o ponto de colheita dos frutos assim como a influência destes nas características físicas e no controle da doença em pós-colheita. No teste in vitro os tratamentos foram avaliados sobre o crescimento micelial de Monilinia fructicola, observando o tempo de conservação dos extratos, bem como a temperatura utilizada durante a confecção. Para isso, foram utilizados os extratos autoclavados ou não, em diferentes formas de preparo: armazenados a - 8 °C, extraídos com água fria a 20 °C e com água quente a 60 °C, todos na concentração de 10%. De modo geral, o extrato de alho, independente da forma de preparo, autoclavado ou não, apresentou 100% de eficiência no controle do patógeno, quando comparados à testemunha. O extrato de carqueja induziu o crescimento do fungo, enquanto o extrato de alecrim extraído com água quente reduziu o desenvolvimento deste. No experimento a campo os extratos aquosos não apresentaram diferença estatística quando comparados à testemunha e ao controle químico, o que pode ter acontecido por se tratar de uma variedade cujo ciclo é médio-precoce. Além disso, em anos anteriores, o pomar havia sido conduzido de forma convencional com o uso de fungicidas para o controle da podridão parda.

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Publicado

22-11-2016

Edição

Seção

Campus Erechim - Projetos de Pesquisa