UTILIZAÇÃO MEDICINAL DA CARQUEJA NA ATUALIDADE
Palavras-chave:
epistemologia, etnobotânica, ciências, história das ciênciasResumo
Objetivou-se, neste trabalho, realizar uma pesquisa bibliográfica (revistas, livros, artigos acadêmicos e sites da internet) sobre a utilização medicinal da carqueja Baccharis trimera (Less.) DC. Asteraceae. A carqueja é encontrada em nosso meio, sendo um arbusto verde, como uma planta perene que não possui folhas ou caule, folhas com forma bi-asa ou tri-ramos alados, que são como folhas para cumprir as funções de fotossíntese. Para entender melhor o uso dessa planta, deve-se regressar ao tempo em que algumas tribos indígenas usavam a carqueja para curar doenças em vários órgãos, como vias aéreas, sangue, estômago, fígado, coração, entre outras, ainda que não haja muitos registros de como os índios utilizavam-na melhor. Com o passar do tempo, a carqueja começou a ser mais utilizada, por ter demonstrado vários benefícios, na forma de chá para o tratamento de diversas doenças. O uso das folhas pode até ser comestível, pois é rica em compostos fenólicos, como os ácidos vanílico, cafeíco, clorogénico, siríngico, p-cumarínico, ferúlico, elágico, assim como a quercetina. Uma questão a ser discutida e ampliada é a de que a planta não deve ser utilizada durante a gravidez, pois apresenta efeito estimulante abortivo. Seu consumo também deve ser evitado por pessoas hipotensas, devido aos efeitos hipotensores e por pacientes hipoglicêmicos e diabéticos, pois a ingestão da planta baixa os níveis de glicose no sangue. Considera-se, portanto, que, apesar de o uso da carqueja não ser recente, as pesquisas sobre sua utilização estão relacionadas especificamente a fármacos de interesses comerciais, sendo o uso comum e popular conhecido: um exemplo é que não se tem dosagens e formas de usos da planta, somente a indicação terapêutica para algumas doenças, o que sugere estudos dirigidos vinculados às comunidades primitivas e ao uso popular.
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