HORTO MEDICINAL NO MODELO DO RELÓGIO DO CORPO HUMANO: CONSTRUINDO SABERES ATRAVÉS DA INTERDISCIPLINARIDADE
Palavras-chave:
Plantas medicinais, horto medicinal, conhecimento popular.Resumo
As plantas tem sido, desde a antiguidade, um recurso terapêutico ao alcance da civilização humana. O conhecimento popular, repassado através das várias gerações, possibilita a identificação de fontes naturais de compostos químicos importantes para o tratamento de doenças e alívio da dor, além de possibilitar a obtenção de novos fármacos. A utilização das plantas medicinais, nos programas de atenção básica em saúde, pode ser caracterizada como uma opção terapêutica viável principalmente por ser de baixo custo, pela facilidade de aquisição e pelo fato da compatibilidade com a cultura da população atendida. Diante dessa percepção, iniciativas de difusão e resgate do conhecimento acerca das plantas medicinais deveriam ser difundidas cada vez mais, principalmente nos ambientes acadêmicos. Visando o desenvolvimento de práticas de ensino, pesquisa e, no caso deste relato, de extensão no contexto das plantas com propriedades medicinais, desde o primeiro semestre de 2016 os cursos de enfermagem, medicina e agronomia da Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Chapecó, firmaram uma parceria na qual busca-se o resgate dos conhecimentos populares aliando-os aos saberes científicos. Com base no exposto, tem-se por objetivo implantar um horto medicinal no modelo do “relógio do corpo humano”, metodologia baseada na medicina tradicional chinesa e que se apresenta como uma importante ferramenta de ensino. Sendo assim, este horto integra as plantas bioativas recomendadas para o tratamento de determinadas doenças aos seus benefícios com relação aos sistemas do corpo humano, levando-se em consideração a utilização de acordo com os horários de maior atividade de cada órgão. Em relação aos resultados esperados deste projeto de extensão, destacamos a interdisciplinaridade entre diferentes cursos de graduação na construção do conhecimento com ênfase no cultivo, manejo, formas e indicações de uso, bem como os possíveis efeitos colaterais oriundos do uso indiscriminado das plantas bioativas. O resgate do conhecimento popular e a promoção da segurança, eficácia e a qualidade no acesso às plantas medicinais também merecem destaque neste contexto.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Submeto o trabalho apresentado como texto original à Comissão Editorial do XIII SEPE e concordo que os direitos autorais, a ele referente, se torne propriedade do Anais do XIII SEPE da UFFS.