FEIRA DE POESIAS NO MUNICÍPIO DE REALEZA/PR
Palavras-chave:
Cultura, Feira de poesias, Comunidade externaResumo
O projeto “Feira de Poesias” nasceu na praça, na cidade de Realeza, PR, onde nas quartas-feiras e sábados, ocorre uma feira livre, onde agricultores expõem seus produtos à venda. Na feira tinha de tudo, “Só falta poesia”, como disse Dona Maria, uma feirante que além de vender seus produtos, dos quais depende para viver e sustentar a família, também é uma líder no Movimento das Mulheres Agricultoras. A ideia de um espaço literário aberto foi o ponto central, mas a interação com outras linguagens foi estimulada, e a “Feira de Poesias” tornou-se itinerante. O projeto iniciou com Mario Quintana, seguido por Cecília Meireles e Carlos Drummond de Andrade. A “Feira de Poesias” atingiu o seu objetivo porque a poesia foi para as ruas, onde o povo está, pois escrita foi, para ser apreciada, compreendida ou não. A poesia é viva, e a fizemos democrática e coletiva, sedutora, arrastando o inusitado para o palco, fazendo parar as manhãs de sábado, embaladas em versos que se espalharam pela praça. O projeto mostrou não somente o envolvimento dos alunos em atividades de cultura no momento em que aproximou os discentes da comunidade externa/acadêmica, como também exigiu desses alunos criatividade e coragem ao enfrentar o público nos momentos de apresentação das poesias e o despertar do interesse pela poesia, pela literatura brasileira. Participar de ações fora do espaço da sala de aula, envolver-se com a comunidade, interagir/dialogar com alunos de outros cursos e com professores orientadores é uma etapa vital no processo de ensino-aprendizagem. Foi perceptível a transformação e consequente evolução dos alunos que deixaram sua “zona de conforto” e foram para o enfrentamento da arte perante um público ávido por novidades. Todos os momentos vivenciados pelo Grupo Bem-Estar Animal (que participou desse projeto de cultura), foram e são importantes, tanto para a formação plena e humanizada de profissionais atentos às necessidades e anseios da sociedade, como para fomentar a pesquisa, a extensão e o ensino na UFFS. O Grupo Bem-Estar Animal-Cultura já tem uma trajetória de atividades com a comunidade realezense. Muitas por demanda da sociedade carente em experimentar um diálogo com a academia, e outras pela carência da universidade em significar seu papel social na comunidade onde ela está inserida. O grupo fez três apresentações da poesia JOSÉ de Carlos Drummond de Andrade no SEPE e DIVERSA. A apresentação envolveu todos os alunos bolsistas/voluntários e professores. Foi muito bem recebido e avaliado pela comunidade acadêmica. A cultura, ofertada pela extensão universitária, apresenta-se como uma importante ferramenta para produção de conhecimento alinhado com as reais necessidades sociais, além de ser a estratégia buscada para estimular a aproximação entre teoria e a prática. O ganho nesse sentido é transformar a cultura/extensão em um lugar de mediação entre a universidade e as necessidades políticas, econômicas, sociais e culturais e promover a universidade no seu sentido nato de compromisso social e cidadão. A população (platéia, expectadores) atingida pode ser dividida em duas categorias: 1.a comunidade externa (população de Realeza), aproximadamente 1000 pessoas; 2. a comunidade acadêmica (alunos, professores, técnicos administrativos e alunos e professores de escolas visitantes do V SEPE) aproximadamente 800 pessoas.
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Submeto o trabalho apresentado como texto original à Comissão Editorial do XIII SEPE e concordo que os direitos autorais, a ele referente, se torne propriedade do Anais do XIII SEPE da UFFS.