PALEOHISTOLOGIA: UM MÉTODO DIDÁTICO DE SE APRENDER SOBRE FÓSSEIS E OUTROS ORGANISMOS

Resumo

A técnica de paleohistologia foi desenvolvida como ferramenta de pesquisa para observar estruturas ósseas de animais fossilizados além de servir como prática de estudos com animais atuais. Esse método passa por várias etapas. O processo para obtenção do resultado consiste na escolha e preparo do material (fóssil ou não), resinamento, corte, fixação na lâmina, lixamento (com diversos tipos de lixas), acabamento e polimento. A partir disso, a lâmina microscópica a ser estudada está pronta para uso didático. Nesse aspecto, mostra-se como um modelo eficiente de aplicação de estudos em assuntos como: evolução, processo de fossilização, histologia óssea e tecidos vegetais. Além de lâminas fósseis, a paleohistologia pode ser aplicada na confecção de lâminas de outros organismos como, por exemplo, em estruturas do exoesqueleto de artrópodes atuais. Como resultado do trabalho foram confeccionadas treze lâminas microscópicas. Os materiais utilizados foram: fósseis, coprólito (fezes fóssil), fêmur de lagarto e lagartixa, fêmur de anuro e exoesqueleto de besouro. Através do preparo das laminas foi possível observar e estudar diferentes estruturas. Dessa forma, o que se propõe é a divulgação de uma técnica de construção de material didático e científica pouco conhecida e de baixo custo que pode ser utilizada tanto no ensino médio como o ensino superior. Nela, surge a oportunidade de o professor aplicar o conhecimento de uma forma científica e ao mesmo tempo didática o que se torna importante na busca pela compreensão da histologia, sobretudo, quando direcionamos esse tema principalmente ao ensino básico. Nesse sentido, pretende-se mostrar os resultados do trabalho desenvolvido além das diversas possibilidades de aplicação do conhecimento e de como esse pode ser importante na busca pela relação do ensino aprendizagem.

Palavras-chave: Técnica; histologia; modelo didático; paleontologia.