OFICINA DE TEXTO: A LEITURA COMO FOCO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Autores

  • Fernando José Babinski Universidade Federal da Fronteira Sul Erechim
  • Andréia Inês Hanel Cerezoli Universidade Federal da Fronteira Sul

Palavras-chave:

Extensão. Texto. Estratégias linguísticas.

Resumo

A leitura e a escrita são habilidades diferentes que apresentam estreitas relações. Ambas apresentam-se como processos extremamente complexos não só no nível da realização, mas, também, no nível das definições teóricas. Adotaremos aqui os pressupostos da Linguística Textual que assume a escrita como produção textual e exige do produtor a ativação de conhecimentos e a mobilização de várias estratégias, das quais nos deteremos na ativação de conhecimentos linguísticos. A leitura é uma habilidade importantíssima por si só e, também, como instrumento para a construção de conhecimentos linguísticos, ativados durante a produção textual. Diante desse contexto teórico, o projeto de extensão “Oficina de Texto” foi concebido como uma oportunidade para os alunos desenvolverem seus conhecimentos linguísticos aprimorando não só as habilidades de leitura, mas, principalmente, as habilidades de escrita. Tais habilidades, no cenário acadêmico, são extremamente significativas, impossibilitando, inclusive, o progresso do acadêmico, comprometendo sua aprendizagem e levando-o à evasão. O curso foi ofertado à comunidade acadêmica, mas, preferencialmente, aos alunos do campus Erechim, aos sábados pela manhã. Em cada um dos dez (10) encontros foi explorado um fator de textualidade, a partir de um gênero textual. Ao final do curso, durante a sistematização dos dados, podemos perceber que muitos alunos universitários são marcados por um ensino de texto que privilegiou os gêneros escritos escolarizados, apresentando dificuldades para reconhecer a importância dos intertextos na construção do sentido atualizado naquele exemplar de texto. Também, demonstraram conhecer a ambiguidade, mas não conseguiram definir o que permitia a construção/desconstrução de tal fenômeno. Para tratar da coesão, reservamos quatro encontros cada um voltado para um processo de coesão. Os alunos demonstraram carências para identificar os processos de coesão referencial por substituição e, até mesmo, para identificar os processos de coesão sequencial. Quanto à coerência, dedicamos os dois últimos encontros. A partir dos registros das oficinas e das avaliações dos alunos envolvidos no projeto de extensão podemos sugerir que há uma grande lacuna no repertório linguístico dos alunos que sentem necessidade de espaços para trabalhar com os “fatos de língua”.

Biografia do Autor

  • Fernando José Babinski, Universidade Federal da Fronteira Sul Erechim
    Academico do curso de Agronomia da Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Erechim.

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Publicado

23-01-2017

Edição

Seção

Campus Erechim - Projetos de Extensão e Cultura