INCIDÊNCIA DE FUNGOS EM SEMENTES DE FEIJÃO PRETO COLHIDAS COM DIFERENTES TEORES DE ÁGUA
Palavras-chave:
Antecipação da colheita. Blotter Test. Fusarium spp. Aspergillus spp. Penicillium spp.Resumo
A qualidade sanitária das sementes é de suma importância para evitar doenças e a introdução de novos patógenos nas lavouras. Além disso a sanidade pode interferir no desempenho fisiológico das sementes e no desenvolvimento das plântulas. Sabe-se que o potencial máximo de qualidade da semente se dá na maturidade fisiológica, porém os altos teores de água neste período dificultam a colheita. Sendo assim, as sementes são deixadas no campo até apresentarem teor de água ideal para a colheita, o que proporciona a exposição a condições de deterioração, favorecendo a entrada de patógenos. Desta maneira, o objetivo foi avaliar a qualidade sanitária das sementes de feijão preto (Phaseolus vulgaris L) colhidas com diferentes teores de água. O experimento foi realizado sob delineamento inteiramente casualisado, com quatro repetições. Utilizou-se sementes de feijão preto, cultivar BRS Campeiro, oriundas do cultivo na área experimental da Universidade Federal da Fronteira Sul – câmpus Erechim, RS. A colheita e a trilha foram realizadas manualmente, quando as sementes atingiram os teores de água de: 53,8, 35,2, 25,2, 16,6 e 13,5%. Após as sementes foram secas em estufa, com circulação forçada de ar, com temperatura máxima de 38º C, até que atingissem teor de água de aproximadamente 12%. A avaliação da qualidade sanitária das sementes foi realizada por meio da metodologia do “Bloter Test”, identificando-se os gêneros de fungos presentes. Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância, pelo teste F (P≤0,05), e as médias comparadas pelo teste de Tukey (P≤0,05). Os gêneros de fungos identificados foram Fusarium spp., Aspergillus spp. e Penicillium spp. A incidência de Fusarium spp. foi crescente com o retardo na colheita, exceto para a colheita realizada com teor de 53,8%, a qual apresentou a média de incidência estatisticamente igual a colheita realizada com teor de água de 16,6%. Este fato pode ser devido à demora na secagem, visto que as sementes apresentavam alto teor de água. A colheita com teor de água de 16,6% apresentou maior incidência de Aspergillus spp., já na colheita com teor de água de 13,5% houve menor incidência de Aspergillus spp., diferenciando-se estatisticamente das colheitas com teor de água de 25,2, 35,2 e 53,8%, as quais apresentaram médias de incidência estatisticamente iguais. Houve maior incidência de Penicillium spp. nas colheitas com teores de água de 16,6 e 25,2%, as quais apresentaram médias de incidência estatisticamente diferentes das demais colheitas. O retardo na colheita favorece a incidência de fungos nas sementes de feijão preto, principalmente do gênero Fusarium spp.Downloads
Publicado
21-11-2016
Edição
Seção
Campus Erechim - Projetos de Pesquisa
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