EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA ESTUDANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO: PLANEJAMENTO FAMILIAR E DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS COMO CUIDADOS DA ENFERMAGEM

Autores

  • Eleandro de Oliveira UFFS
  • Taize Sbardelotto UFFS
  • Grasiele Busnello Dietrich UFFS

Palavras-chave:

Assistência Integral a Saúde. Sexualidade. Saúde na Escola.

Resumo

O elevado número de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) registrado entre adolescentes tem feito com que se intensifiquem ações de forma intersetorial para implantação da política de direitos sexuais e reprodutivos como uma prioridade no Brasil. Segundo Ministério da Saúde (MS) é preciso enfocar campanhas sobre planejamento familiar, educação em saúde nas escolas, prevenção e promoção desde a atenção primária, e também o acompanhamento destes adolescentes, orientando e disponibilizando métodos contraceptivos e preventivos a DSTs. Neste sentido o presente trabalho tem o propósito relatar a vivência dos acadêmicos de 90 fase do curso de bacharelado em enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) em atividades de educação em saúde visando sensibilizar adolescentes sobre a importância da prevenção das DSTs e da gravidez precoce, bem como do planejamento familiar.  Estas foram realizadas com alunos de nível fundamental e médio de uma escola pública pertencente a um Centro de Saúde da Família (CSF) do município do oeste de Santa Catarina e ocorreram em período matutino e vespertino, com duração em torno de uma hora. Após realizar diagnóstico situacional a respeito da incidência de DSTs na área de abrangência do CSF daquela região, foi necessário encadear ações com as Agentes Comunitárias de Saúde, escolas e a comunidade, visando o sucesso das atividades a serem desenvolvidas. Utilizou-se material audiovisual e dinâmicas de grupo para promover a interação dos alunos. Inicialmente desenvolveu-se uma dinâmica para ilustrar a forma de contágio das DSTs, após um vídeo sobre a temática para introdução do assunto e exposição de imagens ilustrativas dos sintomas causados pelas doenças com breve explanação, e distribuição de papel em branco para que pudessem ser elaborados questionamentos sobre a temática (estas não necessitavam de identificação e não tinham restrição quanto à pergunta). Enfim se dava início um grande debate com perguntas e respostas. A metodologia adotada chamou a atenção dos adolescentes, sensibilizando-os para da importância da prevenção e promoção à saúde. Sem exceção todas as turmas participaram ativamente com dúvidas e curiosidades, necessitando em todas as ocasiões de tempo adicional para findar a atividade. As dúvidas foram das mais variadas, tendo claro, um teor diferenciado de acordo com a idade e a série do aluno. Evidenciou-se a importância da relação entre escola e CSF para promoção da saúde e prevenção das doenças, necessitando de trabalho permanente para resultados positivos. Os profissionais de enfermagem ainda desenvolvem poucas ações relacionadas à educação em saúde na escola, necessitando efetivar um trabalho mais eficaz junto às famílias e à comunidade, destacando a priori consolidar as políticas e programas de saúde para diminuir as estatísticas de gravidez na adolescência e contaminação por DSTs, orientando e educando para uma vida sexual somente quando houver maturidade e informação suficiente a respeito do tema. Enquanto acadêmicos a experiência nos proporcionou profundo aprendizado pessoal e profissional, demonstrando a necessidade da qualificação e do comprometimento com trabalho integrado entre educação e saúde.

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Publicado

29-08-2016

Edição

Seção

Campus Chapecó - Projetos de Ensino