PROJETO HEMEROTECA NA ESCOLA

Resumo

A leitura de periódicos impressos e/ou eletrônicos é frequente nas aulas de português? Por se esperar que sim, foi organizado o Projeto Hemeroteca na Escola que consistiu em discutir junto aos estudantes do Ensino Fundamental a organização temática de periódicos, sua diagramação e composição, bem como a verificação de uso de quais gêneros textuais eram frequentes nesses suportes. Além disso, o projeto visou ampliar os conhecimentos socioculturais das turmas e desenvolver de modo crítico sua competência leitora. O trabalho foi desenvolvido por bolsistas do subprojeto PIBID Letras, da UFFS - CL, na Escola Estadual de Ensino Fundamental Sargento Sílvio Delmar Hollembach, e teve por principal objetivo levar os estudantes a (re)conhecer os modos de organização de periódicos e também possibilitar a ampliação de repertório sobre temas atuais e gêneros textuais frequentes nesses portadores de textos. O projeto realizado se justifica, pois conhecer como se estrutura um periódico (jornal impresso e/ou eletrônico), suas temáticas e gêneros textuais frequentes, permite tratar a recepção de informações de modo diferenciado, além de desenvolver uma posição mais crítica para as questões sociais entre outros aspectos. Como o projeto levou os alunos a refletir sobre temas contemporâneos, a entrar em contato com uma pluralidade sociocultural e ter acesso a informações fora de seu cotidiano, tudo isso fez com que experimentassem ações com as quais não estavam habituados, não tinham o contato. Para as aulas foram selecionados jornais como o Folha de S. Paulo, Zero Hora, Correio do Povo, Estado de Minas entre outros. E, após leitura inspecional dos periódicos, por meio de comparação, foi estudada a organização linguístico-textual de notícias, crônicas, resenhas, além do jornal como um todo (sua subdivisão em cadernos; a presença de colunistas; as cores/as fontes; a diagramação etc), de modo a promover leituras mais significativas. Ao término das atividades, os alunos retextualizaram informações em diagramas, em resumos em forma de esquemas; (re)organizaram os gêneros selecionados dos periódicos ao lado das retextualizações e montaram um Mural no pátio da escola. Durante e ao final do trabalho, foi possível verificar que a leitura de periódicos é pouco frequente e que há dificuldades para retextualizar informações. No entanto, pode-se afirmar que por meio dessa vivência, os estudantes puderam (re)conhecer os modos de organização de periódicos e, por consequência, ampliar seu repertório sobre temas atuais e textos da esfera jornalística. E, sendo assim, acredita-se que foi possível contribuir para novas posturas ante a leitura de periódicos na escola.