AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICOSSANITÁRIAS DE ESTABELECIMENTOS PRODUTORES DE REFEIÇÕES, ANTES E APÓS A APLICAÇÃO DE TREINAMENTOS DE BOAS PRÁTICAS.
Palavras-chave:
Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar. Treinamento de Boas Práticas. Alimentos seguros.Resumo
Para prevenir possíveis surtos de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar, a área de produção de alimentos necessita de constante aperfeiçoamento das ações de controle sanitário. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo avaliar as condições higiênico-sanitárias de estabelecimentos produtores de refeições de um município do sudoeste do Paraná, antes e após a aplicação de treinamentos de boas práticas. Em parceria com a Vigilância Sanitária do município participante foi aplicada a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação em 9 Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos, proposta pela RDC Nº 275/02, antes e após os treinamentos realizados conforme a RDC Nº 216/04. A lista avalia 168 itens divididos em: Edificações e instalações; Equipamentos móveis e utensílios; Manipuladores; Produção e transporte de alimentos; Documentação. Os itens foram avaliados através do método de observação, classificando-os em: SIM, quando o estabelecimento atendeu ao item observado; NÃO, quando o estabelecimento não atendeu ao item observado; e NÃO SE APLICA, quando o item observado não se aplicava ao estabelecimento. Os dados coletados foram analisados no programa Excel versão 2010, onde os itens classificados como NÃO SE APLICA foram excluídos e calculou-se a quantidade de itens classificados como SIM. Os estabelecimentos foram classificados conforme critérios de porcentagem de adequação estabelecidos na resolução, sendo: Grupo 1: 76 a 100% de atendimento dos itens; Grupo 2: 51 a 75% de atendimento dos itens; Grupo 3: 0 a 50% de atendimento dos itens. Durante os treinamentos foram repassadas medidas corretivas para as não conformidades observadas na lista de verificação. Os 9 estabelecimentos foram identificados por letras e classificados nos grupos conforme porcentagem de adequação, sendo antes da aplicação do treinamento: A: 3 (38,80%); B: 3 (42,53%); C: 3 (13,43%); D: 3 (28,77%); E: 3 (36,01%); F: 2 (69,23%); G: 3 (29,05%); H: 3 (40,28%); I: 3 (17,48%). E, após o treinamento: A: 2 (70,80%); B: 2 (68,38%); C: 3 (42,80%); D: 2 (56,02%); E: 2 (67,74%); F: 1 (88,46%); G: 2 (61,80%); H: 2 (60,66%); I: 3 (31,97%). Através destes resultados, percebe-se que antes dos treinamentos 88,89% (n=8) dos estabelecimentos encontravam-se no grupo 3 com adequação inferior a 50% e 11,11% (n=1) no grupo 2 com adequação de 51 a 75%. Já após os treinamentos 22,23% (n=2) classificaram-se no grupo 3, 66,66% (n=6) no grupo 2 e 11,11% (n=1) no grupo 1, com adequação maior que 76%. Estes dados reforçam a importância da avaliação das condições higiênico-sanitárias de estabelecimentos produtores de refeições, assim como, a aplicação de treinamentos de boas prática e adoção de medidas corretivas, para auxiliar na adequação das normas vigentes e, desta forma, garantir a produção de alimentos seguros.Downloads
Publicado
19-01-2017
Edição
Seção
Campus Realeza - Projetos de Extensão e Cultura
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