ALFABETIZAÇÃO MIDIÁTICA COMO ESTRATÉGIA DE PREVENÇÃO AO CYBERBULLING E AO COMBATE À DESINFORMAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR
Palavras-chave:
Prevenção; , Violência digital; , Pensamento crítico;Resumo
O Cyberbullying tornou-se uma preocupação crescente nas comunidades escolares em todo o mundo. Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), cerca de 15% dos adolescentes afirmaram ter sofrido algum tipo de cyberbullying pelo menos uma ou duas vezes nos últimos meses. Em pesquisa realizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em 30 países no ano 2019, mais de um terço dos jovens relatou já ter sido vítima de assédio online, sendo que um em cada cinco deixou de frequentar a escola por causa dessas agressões. Redes sociais como Facebook, Instagram e Twitter são os ambientes digitais mais comuns em que esse tipo de violência ocorre, tornando os adolescentes especialmente vulneráveis. Partindo desse contexto, no 1º trimestre de 2025, o Núcleo de Política de Educação, Prevenção, Atenção e Atendimento às Violências na Escola (NEPRE) da unidade escolar promoveu uma ação pedagógica em uma escola da rede estadual de Concórdia-SC, direcionada a estudantes do Ensino Médio. A atividade, conduzida pela coordenadora do núcleo, teve como foco a alfabetização midiática e os riscos do ambiente digital. A prática consistiu em rodas de conversa mediadas pela coordenadora, nas quais os
estudantes compartilharam suas experiências e percepções sobre o uso das redes sociais. Foram apresentados casos reais de Cyberbullying divulgados em reportagens, seguidos de análises coletivas sobre as consequências emocionais, sociais e escolares dessas situações. Em paralelo, discutiram-se estratégias de prevenção, incluindo formas de denunciar agressões virtuais, cuidados com a exposição pessoal online e a importância de desenvolver empatia nas interações digitais. Em seguida, realizou-se a leitura orientada de materiais sobre alfabetização midiática, com destaque para o artigo “Alfabetização midiática e informacional no combate à desinformação e à violência nas escolas: uma proposta de agenda”, de autoria de Liziane Soares Guazina (2023), publicado na Revista Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP). O texto provocou reflexões sobre a importância de identificar riscos, verificar a confiabilidade das informações e agir de forma ética nos ambientes digitais. O debate incentivou os estudantes a refletirem sobre a diferença entre liberdade de expressão e discurso de ódio, bem como sobre a responsabilidade coletiva na construção de um espaço digital mais seguro. Os resultados evidenciaram que a escola pode contribuir para além dos conhecimentos teóricos, também como espaço de preparação para lidar com os desafios do mundo digital, promovendo valores de respeito, segurança e responsabilidade.
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