ARQUITETURA DE INTERIORES NOS ESPAÇOS CORPORATIVOS ESTUDOS DE CASOS EM ESCRITÓRIOS BRASILEIROS

Resumo

O presente trabalho apresenta um relato da análise de três projetos de interiores de espaços corporativos realizada em um grupo de estudos. O objetivo das análises foi estabelecer quais as características mais relevantes adotadas nos projetos, sendo uma pesquisa de estudos de casos qualitativa. Os projetos analisados foram de diferentes estados do país, sendo eles o projeto do Studio 401, projetado pelo arquiteto Lucas Lage em 2018 e localizado em Belo Horizonte – MG; o projeto do escritório Solo Arquitetos, um escritório de arquitetura, projetado por eles mesmos, localizado em Curitiba – PR; e o escritório 4Cinco, um escritório de gestão, projetado por Victoria Rizzo Arquitetura, localizado em Porto Alegre - RS. O que norteou a escolha destes projetos para análise foi a semelhança da dimensão física e das atividades exercidas nos espaços. As condicionantes analisadas foram a setorização dos espaços em relação ao layout, tipos de circulação e acessos, materialidade, conforto lumínico e acústico. Todas as análises foram feitas somente com base no projeto e imagens destes espaços. A partir das análises, podemos perceber que todos os projetos de forma geral, possuem um layout mais aberto, as vezes sendo utilizado o próprio mobiliário para a setorização, propiciando atividades integradas no espaço como um todo. Os acessos, geralmente são feitos a partir de uma única entrada, e a circulação nos ambientes se divide basicamente entre funcionários e clientes, poucas vezes ficando limitado o acesso dos clientes somente a uma parte do escritório. Com relação ao método construtivo, os projetos são em salas comerciais previamente edificadas, em alvenaria e concreto armado. Em relação aos materiais empregados, os projetistas de forma geral, priorizaram materiais claros no piso e nos mobiliários, acabamentos mais simples nas paredes e tetos, também com pintura clara e remetendo a cultura da empresa. Nos projetos, a iluminação natural é evidenciada e aproveitada como iluminação geral, sendo a iluminação artificial mais direcionada às áreas de trabalho. Em relação ao conforto acústico dos espaços, os projetos utilizam materiais que não absorvem muito som, ou seja, se houver muita atividade nos espaços pode-se resultar em conflitos sonoros. Podemos concluir em relação as análises feitas, que nos espaços corporativos tem-se priorizado ambientes com layout aberto que permitam a integração entre as pessoas, com materiais em tons claro e, priorizando-se a iluminação natural que contribui para a economia de energia e bem-estar. Soluções essas que podem ser aplicadas a outros projetos de espaços corporativos, de maneira que resulte numa melhor produtividade e conforto dos usuários.

Palavras-chave: Arquitetura de Interiores. Espaços corporativos. Escritórios.