A QUEM SE DEVE OBEDECER?
O MUNDO NATURAL E A CRITICA SOCIAL EM THOREAU
Resumo
Nossa pesquisa tem como foco a literatura produzida por Henry David Thoreau. A partir das obras Walden ou a vida nos bosques (1854) e a Desobediência Civil (1849), estabeleceremos as possíveis conexões entre um imaginário ambiental e o imaginário político de Thoreau, e de que maneira essas relações constroem sua crítica social. Cabe salientar, que Thoreau viveu quase que a integralidade de sua vida em Concord, nos E.U.A., e que no período em que escreveu as obras que propomos analisar a sociedade norte americana enfrentava grandes questões relativas a expansão territorial, ao trabalho escravo e a aceleração da industrialização. Partindo destes termos, tendo a literatura como fonte histórica para a realização deste trabalho, buscamos respaldo teórico-metodológico em autores como Baczko, Pesavento para a compreensão dos textos literários como expressão material de um imaginário constituído, não só individualmente, mas em interação com a sociedade que o produziu. Além da cosmovisão que o autor deseja demonstrar, existe também um retrato de uma maneira de perceber o mundo que vem intrínseca nos detalhes da escrita, nas motivações mais subjetivas de seu autor, que nem sempre são colocadas de maneira clara e objetiva na obra. No mesmo sentido, nosso abarque teórico se expande em direção a História Ambiental, corrente teórica que buscar reinserir o humano no “meio natural”, considerando agentes históricos também os fatores não-humanos nas relações sociais, como propõe teóricos como Worster, Drummond e Pádua. Por fim, concebendo que a literatura é um meio que bem subsidia a reconstrução desses imaginários, buscamos reiterar a conformação entre ambiente, pensamento politico e crítica social.
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Submeto o trabalho apresentado como texto original à Comissão Editorial do XIII SEPE e concordo que os direitos autorais, a ele referente, se torne propriedade do Anais do XIII SEPE da UFFS.