Avaliação do Desenvolvimento Ponderoestatural em uma População Pediátrica Participante de uma Feira de Saúde

Resumo

A avaliação do crescimento e do ganho de peso, como utilizada na prática diária, por meio das curvas recomendadas em 2007 pela Organização das Nações Unidas, é uma ferramenta que permite identificar aquelas crianças com maior risco de morbimortalidade secundária a subnutrição/obesidade e traçar metas preventivas e terapêutica. Os dados de peso e altura obtidos resultam no Índice de Massa Corporal (IMC), que, quando elevado na infância, apresenta um valor preditivo positivo para sobrepeso e obesidade na vida adulta. Devido à importância desse tema, ações junto à comunidade possibilitam que orientações de prevenção sejam fornecidas. Com objetivo de averiguar a prevalência de obesidade/sobrepeso na faixa etária pediátrica, realizou-se um estudo observacional do tipo transversal, em uma amostra da população atendida em uma feira de saúde no município de Passo Fundo, RS. Os dados de sexo, idade, peso e altura foram obtidos, sendo as duas últimas variáveis utilizadas para o cálculo do IMC. A análise estatística contemplou a distribuição absoluta e relativa das frequências. O perfil dos 47 participantes eram de criança (faixa etária de 8,6 anos + 2,8 anos), do sexo feminino (60,9%), apresentando massa média de 35,2kg (+ 15,56) e altura média de 1,34cm (+ 0,19), o que resultou no IMC médio de 17,9kg/m² - que indica sobrepeso (percentil 85) na população amostrada. Ao avaliar de acordo com o sexo, contata-se que uma população feminina com média de 8,9 anos (+ 3,0) e apresentando massa de 35,6kg (+ 17,5) e altura de 1,35 (+ 0,21), de forma por meio do cálculo do IMC constata-se que a população feminina apresenta-se com sobrepeso (17,9kg/m² - percentil 85). Do mesmo modo, quando analisada os participantes do sexo masculino consta-se que esses apresentam cerca de 7,9 anos (+ 2,28) e encontram-se em sobrepeso, próximo ao percentil 97 (massa 34,4kg + 10,8, altura 1,34 + 0,14 e IMC 19,15kg/m²). Os dados descritos anteriormente refletem a modificação cultural que a sociedade vem sofrendo – com redução da morbimortalidade por doenças infectocontagiosas e elevação do risco de sobrepeso e obesidade, que são fatores de risco para hipertensão arterial sistêmica, diabetes melito e doenças cardiovasculares. O presente estudo é produto de uma atividade de extensão, que permitiu eu orientações alimentares e de prática de exercício físico fossem oferecida às crianças e aos seus responsáveis. Espera-se que a ação tenha contribuído com a promoção da saúde e a melhora da qualidade de vida dos participantes