Procedência de Pacientes Encaminhados à Emergência de um Hospital Terciário de Referência do Norte do Rio Grande do Sul
Resumo
Os serviços de emergência são os responsáveis pelo atendimento aos casos de risco elevado ou iminente de vida. Contudo, este serviço tornou-se uma porta de entrada para os serviços de saúde com maior tecnologia e, este modelo de acesso contribui para a superlotação das emergências, visto que a população busca o setor como um modo rápido de resolução das suas condições. Desse modo, objetiva-se verificar a origem das transferências encaminhadas a um serviço de emergência hospitalar. Este é um estudo transversal realizado em um hospital terciário no norte do Rio Grande do Sul, com análise de encaminhamentos de pacientes referenciados a essa instituição, no período de cinco anos (2008-2012), independentemente do sexo e da idade. Os dados foram coletados das cópias arquivadas pela direção médica do hospital, sendo verificado o registro da procedência do paciente. Foram excluídas transferências via Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e de retorno via emergência. Os dados foram analisados no software PSPP (distribuição livre) e os resultados apresentados por meio da distribuição de frequências (relativa e absoluta). O protocolo do estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição proponente. Das 4.631 cópias de encaminhamentos analisadas, observou-se que 72,5% (n=3357) eram provenientes de municípios adjacentes. Dos 27,5% (n=1274) de pacientes procedentes de Passo Fundo, 14,3% (n=660) eram oriundos de serviços particulares de saúde, 8,1% (n=375) de instituições públicos do município e 8,1% do próprio hospital. A maior proporção de pacientes proveniente de municípios vizinhos é esperada, visto que os dados foram coletados em um hospital terciário que recebe pacientes de toda a região norte do Rio Grande do Sul. Chama a atenção a proporção de encaminhamentos oriundos de instituições privadas do município, visto que assim como as instituições públicas utilizam tecnologias leves para o cuidado em saúde. A avaliação da necessidade de remoção deve ser ponderada, em virtude do custo de internação e da situações de superlotação das emergências.
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