PÊSSEGO ‘BRS-LIBRA’: COMPORTAMENTO SOBRE DIFERENTES PORTA-ENXERTOS PARA CHAPECÓ E REGIÃO
Resumo
A ampliação no estudo de porta-enxertos favorece o panorama viveirístico e dificulta a complexa escolha que pressupõe o exato conhecimento bioagronômico dos porta-enxertos selecionados. Os porta-enxertos influenciam a cultivar copa, com diferentes respostas fisiológicas em condições adversas, temperaturas elevadas durante a floração, déficit hídrico e variabilidade das temperaturas hibernais. O uso de porta-enxertos na cultura do pessegueiro é útil no controle de doenças e controle de vigor da planta, consequentemente as avaliações de porta-enxertos e seus efeitos sobre a qualidade e o rendimento dos frutos são de suma importância. O objetivo com este trabalho foi avaliar características produtivas da cultivar BRS-Libra, enxertada sob quatro porta-enxertos clonais nas condições de Chapecó. O trabalho foi conduzido na área experimental e no laboratório de pós-colheita da UFFS – campus Chapecó, na safra 2017/18. O pomar foi implantado no ano de 2014 com espaçamento de 5m entre filas e 2m entre plantas (5m × 2m), totalizando 1.000 plantas ha-1. As plantas foram conduzidas em sistema Y (ípsilon). Os porta-enxertos utilizados foram: Flordeguard, GF 677, I-67-52-4 e Santa Rosa. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com quatro repetições, sendo cada planta uma repetição. As variáveis analisadas foram massa do fruto (g), número de frutos de cada planta e sólidos solúveis (°Brix). Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA), e as médias foram comparadas através do teste de Scott-Knott, a 5% de significância, utilizando o software estatístico R. No período de plena floração da cv. BRS-Libra, julho de 2017, houve uma incidência de geada, reduzindo em muito a produtividade deste ano de avaliação. No que tange os resultados dos dados obtidos nesta safra não há diferença significativa, na variável massa de frutos, entre os porta-enxertos Flordeguard, GF 677, I-67-52-4, sendo apenas diferentes de Santa Rosa com massa inferior aos demais. No número de frutos os porta-enxertos I-67-52-4 e GF 677 não diferenciam entre si, no entanto estes foram superiores a Flordeguard e Santa Rosa que não diferenciam entre elas. Já em sólidos solúveis, verificou-se diferenças entre todos os porta-enxertos utilizados, sendo o porta-enxerto Santa Rosa superior aos demais (12,35 °Brix), seguido de I-67-52-4 (11,39 °Brix), Flordeguard, (10,55 °Brix) e GF 677 (7,84 °Brix). Conclui-se que, diferenças entre as características evidenciam que o porta-enxerto influencia a cultivar copa. Estes dados apontam para a importância de estudar a fenologia dos porta-enxertos na região.
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Submeto o trabalho apresentado como texto original à Comissão Editorial do XIII SEPE e concordo que os direitos autorais, a ele referente, se torne propriedade do Anais do XIII SEPE da UFFS.