EDUCAÇÃO E PROMOÇÃO DE SAÚDE SOBRE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E QUALIDADE DE VIDA EM ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL NO MUNICÍPIO DE PONTÃO, RIO GRANDE DO SUL

  • Bruno Zilli Peroni UFFS
  • Valentine Wolkmer Spagnol Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Artur Lourenço Parente de Almeida Marques Universidade Federal da Fronteira Sul
Palavras-chave: Ciência, Estudantes, Medicina, Saúde Mental, Tecnologia

Resumo

A universidade, além de atuar com o ensino e a pesquisa, tem a extensão como um de seus três pilares formadores. Assim, o trabalho desenvolvido na Escola Alberto Torres II, no município de Pontão, Rio Grande do Sul, no dia 02 de junho de 2022, objetivou abordar demandas da comunidade, sobretudo a redução do tempo excessivo gasto em dispositivos eletrônicos por parte dos estudantes.  Nesse sentido, estabeleceu-se um diálogo entre os acadêmicos do curso de medicina da Universidade Federal da Fronteira Sul e os alunos do Ensino Fundamental II, refletindo sobre os seguintes temas: tecnologias da informação e comunicação, ciência e tecnologia, busca por informações seguras e uso ordenado de aparelhos eletrônicos. Inicialmente, debateu-se o processo de construção científica e a sua finalidade, evidenciando o fato de que os saberes científicos resultam numa melhora da qualidade da vida humana, posto que permitem o desenvolvimento de tecnologias úteis para a sociedade. Nessa perspectiva, os estudantes da escola citaram exemplos do uso positivo da tecnologia em suas vidas práticas: desde o emprego de smartphones, videogames e televisores, até o proveito de cobertores, sapatos e roupas. A partir disso, interrelacionam-se aspectos do saber científico à sua disseminação, uma vez que esta é condição necessária para o progresso e desenvolvimento da ciência, a qual depende de meios confiáveis para a sua difusão. Nessa lógica, os alunos foram questionados acerca dos instrumentos para se obter informações em seu cotidiano, receberam orientações para a busca em fontes confiáveis e foram estimulados à criticidade para a avaliação de informações. Posteriormente, com o intuito de falar acerca do vício em dispositivos móveis e seus impactos na vida futura, direcionou-se o diálogo para a identificação dos sonhos e projeções dos adolescentes, em que estes citaram seus anseios profissionais. Em seguida, compeliu-se os alunos a buscar um relatório semanal gerado pelos próprios smartphones sobre o consumo diário em aplicativos, tempo despendido nestes e a oscilação ao longo da semana, obtendo-se valores entre seis a quatorze horas diárias de uso. Confrontaram-se, então, as perspectivas futuras anteriormente apontadas e o uso cotidiano desses eletrônicos, instigando-os a uma reflexão sobre os impactos presentes e futuros, visto que, além de distanciá-los de seus objetivos, o consumo excessivo de redes sociais compromete o processo de aprendizagem, afeta o rendimento escolar e a saúde mental, potencialmente contribuindo para o desenvolvimento de doenças, como ansiedade e depressão. Após essa confrontação, encorajou-se o uso consciente dessas ferramentas tecnológicas a fim de gerar resultados positivos no processo de aprendizagem escolar e favorecer o futuro desses adolescentes. Concluindo, a partir dessa dinâmica, observou-se a importância de atividades de extensão em escolas, tanto para a comunidade e para os alunos, quanto para os acadêmicos de medicina, que possuem nessas atividades uma oportunidade para desenvolver habilidades de comunicação, de interação e de relações interpessoais, além de abordarem e aprofundarem temas pertinentes à formação médica e proteção à saúde.

Publicado
21-11-2022