O PROCESSO DE DOCUMENTAÇÃO EM UMA EXPERIÊNCIA FORMATIVA COM PROFESSORAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
UM ENCONTRO COM O PRINCÍPIO ÉTICO
Resumo
O presente texto apresenta um recorte de uma pesquisa realizada no âmbito do Mestrado em Educação em uma universidade do estado de Santa Catarina. (Guimarães, 2019). Analisa em que medida o percurso de formação de professores, pela via da documentação pedagógica, contribui para o acolhimento de alteridade em educação infantil. A experiência formativa foi desenvolvida com um grupo de dez professoras e 5 pesquisadoras em uma instituição do Sul de Santa Catariana. O contexto de estudo constitui-se dos momentos de formação continuada a partir do curso de extensão ofertado no período de junho à novembro de 2018. Em termos metodológicos, a pesquisa pauta-se em uma perspectiva qualitativa, propõe o método como desvio, “Entender o método como desvio, pensamento minucioso e hesitante, que sempre volta ao seu objeto por diversos caminhos e desvios” (SIMIANO, 2015, p.29).
Adotaram-se, como instrumentos metodológicos, a observação participante, o diário de bordo, o registro fotográfico, os recursos de áudios e as documentações produzidas pelas professoras. Acreditando, na potência da experiência formativa a partir do encontro com o outro, onde é possível por meio do diálogo, da escuta, das trocas de experiência, refletir e transformar a prática educativa. Buscou dar visibilidade ao princípio ético no encontro entre adultos e crianças no contexto educativo. Trata-se de um principio edificado sobre a receptividade e acolhida ao outro. Na busca desta compreensão, conceituamos a Ética a partir do diálogo com os autores, tais como: Levinas (1980;1993), Bárcena e Mèlich (2000), Hoyuelos (2004), Johann (2009), Hermann (2014), Simiano (2015), Pillotto e Silva (2016) e Rinaldi (2017).
Partimos da seguinte questão: “Pode o percurso de documentar ser capaz de criar condições de acolhimento e reconhecimento do outro na Educação Infantil.