PROTAGONISMO JUVENIL NO NOVO ENSINO MÉDIO (LEI 13.415/2017)
Resumo
O texto analisa conceito de protagonismo juvenil no contexto do Novo Ensino Médio (NEM), introduzido pela Lei 13.415/2017, e sua adequação à formação para um mercado de trabalho flexível. O texto argumenta que, em vez de promover o verdadeiro protagonismo juvenil, o NEM tende a adaptar os jovens às demandas da sociedade contemporânea. A análise dialoga com autores como Araújo, Dayrell, Freire, Frigotto, Kuenzer, Sanfelice, e Saviani, destacando que a juventude deve ser entendida como um fenômeno social e cultural multifacetado.
O artigo enfatiza a necessidade de moldar processos educativos que valorizem o protagonismo juvenil, contribuindo para a emancipação e participação ativa dos jovens na sociedade. O Ensino Médio é descrito como um período crucial onde as múltiplas identidades juvenis coexistem e se confrontam com as expectativas educacionais. A Reforma do Ensino Médio é criticada por fragmentar e precarizar o ensino, reforçando desigualdades sociais.
Ao analisar a flexibilização curricular promovida pela BNCCEM, o texto destaca que esta pode reforçar os processos de exclusão, especialmente entre os jovens mais vulneráveis. A formação oferecida pelo NEM é vista como insuficiente para promover uma educação crítica e emancipatória. Conclui-se que é urgente repensar o modelo educacional atual para realmente fomentar o protagonismo juvenil e oferecer uma formação abrangente que prepare os jovens para serem cidadãos ativos e críticos.
Palavras-chave: Juventudes, Protagonismo Juvenil, Lei 13.415/2017.