HISTEDOPR - GRUPO DE PESQUISA EM HISTÓRIA, SOCIEDADE E EDUCAÇÃO NO BRASIL – GT DA REGIÃO OESTE DO PARANÁ

  • Paulino josé orso Unioeste
  • André Paulo Castanha

Resumo

Resumo: Este resumo diz respeito à apresentação sintética do Grupo de Pesquisa em História, Sociedade e Educação no Brasil – GT da região Oeste do Paraná – HISTEDOPR. Sediado na Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, Campus de Cascavel, que conta com integrantes em três Campis, a saber, Cascavel, Francisco Beltrão e Foz do Iguaçu, do qual participam Professores Doutores e mestres em Educação, alunos da Pós-Graduação e da Graduação. O HISTEDOPR possui apenas uma linha de pesquisa “História, Sociedade e Educação” – (www.histedopr@unioeste.br), em torno da qual são desenvolvidos estudos, pesquisas, debates, atividades de extensão e publicações relacionadas ao trabalho, à sociedade, à história e à filosofia da educação, à escola pública, à educação especial, Paulo Freire, ao marxismo e educação, ao liberalismo e educação, à historiografia educacional, ao levantamento e catalogação de fontes, à pedagogia histórico-crítica e às questões teórico-metodológicas no âmbito do marxismo. Criado em 2002, desenvolve-se a partir de 2003 sob a liderança dos Profs. Paulino José Orso e André Paulo Castanha. Encontra-se vinculado ao Grupo de Pesquisa em “História, Sociedade e Educação no Brasil” – HISTEDBR (www.histedbr.fae.unicamp.br), de abrangência nacional, ao qual articulam-se mais de 40 Grupos de Trabalho (GTs), com representação em todas as regiões do país, coordenados pelo Prof. Dermeval Saviani, principal idealizador e, ainda hoje, a principal referência da Pedagogia Histórico-Crítica (PHC). Neste ano a PHC completa 44 anos de existência e, o HISTEDBR, 37 anos. Por um lado, o HISTEDOPR se empenha na promoção do “Levantamento a Organização e a Catalogação de Fontes Primárias e Secundárias para a História da Educação na Região Oeste do Paraná”, contribuindo assim, com os demais grupos que integram o HISTEDBR, para ampliar o levantamento, a organização e a catalogação das fontes em âmbito nacional. Isto se faz necessário em função da carência da historiografia educacional na Região Oeste do Paraná. Além disso, se as fontes historiográficas não forem preservadas e catalogadas, em breve não teremos nem fontes nem História, e continuaremos sem a possibilidade construir um futuro diferente em decorrência de não conhecermos nosso passado. Ademais, o grupo procura articular a educação à sociedade, quer seja por meio de pesquisas que possibilitem a compreensão da realidade social, quer seja, por meio da realização de atividades de extensão com o intuito de socializar conhecimentos e contribuir para a transformação social. Por ser um coletivo relativamente grande, assim como está presente a unidade, também está a heterogeneidade. A unidade se encontra especialmente na identificação dos membros com o método materialista histórico-dialético. E a heterogeneidade, por sua vez, evita o engessamento do grupo e possibilita que cada um dos integrantes realize estudos, pesquisas, atividades e ações extensionistas de acordo com sua formação e as temáticas de seu interesse. Desse modo, ampliam-se expressamente as potencialidades do trabalho realizado pelo grupo. No atual momento já se constitui numa importante referência, tanto no interior da UNIOESTE, quanto do HISTEDBR, quanto no Estado do Paraná, especialmente na região Oeste e Sudoeste do Estado. O HISTEDOPR sempre tem se pautado pela integração entre o Ensino, a Pesquisa e a Extensão. Tem realizado grupos de estudos e pesquisas, ciclos de debates, cursos de especialização e extensão etc. Em decorrência do intenso trabalho dos integrantes conseguimos reunir um grande acervo de fontes, documentos e produções bibliográficas, tanto na forma de artigos, capítulos de livros, monografias, dissertações e teses, quanto na forma de coletâneas. Dentre as principais produções bibliográficas publicadas na forma autoral ou coautoral nos últimos três anos, destacam-se: a) artigos: de autoria de Paulino José Orso: “A transição do capitalismo ao novo modo de produção e a educação dos trabalhares: a implementação da pedagogia histórico-crítica e formação para uma nova sociedade”; “O liberalismo em perspectiva histórica: da ideia de liberdade à devastação ultraliberal”; “Elitização da universidade brasileira em perspectiva histórica”; “O novo coronavírus, a pedagogia histórico-crítica, a sociedade de classes e o internacionalismo proletário”; de autoria de André Paulo Castanha: “O currículo escolar do ensino primário nas décadas de 1930 e 1940 no Paraná: características pedagógicas”; “A Educação em Paulo Freire: uma possibilidade para superar a opressão e alcançar a autonomia”; “O programa de formação continuada de professores PDE/PR e a educação popular - 2007-2018”; Edição crítica da legislação educacional primária do Brasil imperial: a legislação geral e complementar referente à corte entre 1827 e 1889; de João Carlos da Silva: “30 anos da gratuidade nas universidades públicas paranaenses: avanços e desafios”; “Os royalties de Itaipu na educação: uma análise nos municípios lindeiros no oeste do Paraná (1985-2016)”; “Qualidade da educação na perspectiva da pedagogia histórico-crítica: alguns apontamentos”; de Marco Antônio Batista Carvalho em coautoria com Paola Andreza Ávila Soares: “Ensino Médio Técnico Integrado e a Educação pela Pesquisa: Olhar para uma Formação Crítica Segundo a Lei Federal nº 11.892/08”; Em coautoria com Fábio Lopes Alves; C. B. M. Abreu; Tânia Maria R. SCHROEDER; Adrian Alvarez Estrada; Valdecir Soligo; L. B. O. E. Silva: “Projeto Bezalel: um ensaio de antropologia visual no bairro Sanga Funda em Cascavel-PR”; de autoria de Júlia Malanchen: “Currículo escolar e pedagogia histórico-crítica: formação emancipadora e resistência ao capital”; em co-autoria com Rosane Faganello Zanon “Educação Infantil: tecendo considerações sobre o planejamento pedagógico”; “O trabalho pedagógico nos anos iniciais do ensino fundamental a partir da pedagogia histórico-crítica”; de autoria de Neide da Silveira Duarte de Matos: “Educação Especial no Brasil e em Cuba: entrevista com Neide da Silveira Duarte de”; em coautoria com: F. M. S. Goncalves”; “Educação especial e políticas educacionais: a concepção de aprendizagem e desenvolvimento humano em disputa”; “Desenvolvimento da linguagem: práticas inclusivas na interface entre educação e logopedia com crianças cubanas. DELTA. Documentação de Estudos em Linguística Teórica e Aplicada”; de autoria de Lúcia T. Z. Tureck; Sebastião Rodrigues Gonçalves. Da formulação dos conceitos aos reforços dos preconceitos. Livros publicados por Paulino José Orso: “Universidade brasileira: história, lutas, contradições e disputas, em 2021); “Um espectro ronda a educação e a escola pública”; André Paulo Castanha: Edição crítica da legislação educacional primária do Brasil imperial: a legislação geral e complementar referente à corte entre 1827 e 1889; João Carlos da Silva: “História da Escola Pública no Oeste do Paraná”; Ensino de história e memória no contexto do oeste do Paraná”: Julia Malanchen: Politicas de formação de professores a distância no Brasil: uma análise crítica; Cultura, conhecimento e currículo: contribuições da pedagogia histórico-crítica. Livros publicados em coorganização, dentre outros: ORSO, P. J. (Org.), MALANCHEN, J. (Org.) e CASTANHA, A. P. (Org.). Pedagogia histórico-crítica, educação e revolução: 100 anos da Revolução Russa; ORSO, Paulino José (Org.), SILVA, João Carlos (Org.), CASTANHA, A. P. (Org.) e LOMBARDI, J. C. (Org.). Pedagogia Histórico-Crítica, a educação brasileira e os desafios de sua institucionalização; MALANCHEN, JULIA, DUARTE, N. S. M. (Org.) e ORSO, Paulino José (Org.). A Pedagogia Histórico-Crítica, as Políticas Educacionais e a Base Nacional Comum Curricular; SOUSA, Joceli de Fátima Arruda, de DUARTE, N. S. M. (Org.) e SILVA, J. C. (Org.). Pedagogia Histórico-Crítica Revolução e Formação de Professores; GONÇALVES, S. R.; CIAVATTA, M. Influência da Música na Formação da Subjetividade Humana. Uma de suas principais atividades extensionistas realizadas no atual momento são os Grupos de Estudo sobre a Pedagogia Histórico-Crítica. Após realizarmos muitas atividades pontuais, dentre outras, abrangendo grupos de estudos, atividades de pesquisas e extensão, ciclos de debates e cursos de especialização, com professores e alunos da UNIOESTE, professores e trabalhadores das redes públicas municipal e estadual, bem como, trabalhadores vinculados aos sindicatos e movimentos sociais, no segundo semestre de 2016, decidimos realizar um trabalho sistemático com o objetivo de reunir educadores e promover um conjunto de estudos, tendo como foco central a Pedagogia Histórico-Crítica. A opção pela PHC se deve ao fato de ser uma teoria pedagógica que adota o método materialista histórico-dialético, que está comprometida com os trabalhadores e com a transformação social, que defende a importância do professor, da escola, dos conteúdos e do planejamento escolar, que defende a educação e a escola pública, e a socialização dos conhecimentos científicos mais desenvolvidos existentes em cada momento a todos os alunos. As atividades tiveram início, de forma presencial, no primeiro semestre de 2017. A partir de 2018, passaram a ser viabilizadas por meio de uma plataforma vinculada à Pró-reitora de Extensão da Unioeste, permitindo ampliar significativamente o alcance da mesma. O objetivo geral dessa atividade extensionista foi/é criar um grande coletivo de grupos de estudos em torno da Pedagogia Histórico-Crítica, no intuito de compreendê-la e construir uma prática pedagógica unitária e coerente, calcada em sua perspectiva teórico-metodológica. Os grupos funcionam na forma de autogestão, de modo que podem ser organizados em todas as escolas, universidades, municípios e estados do Brasil e até mesmo no exterior, e podem envolver tanto as redes públicas quanto privada, os professores do ensino superior e da educação básica, além de alunos do ensino médio e profissionais que atuam em outras áreas sociais. Como dissemos, o grupo iniciou no primeiro semestre de 2017 e contou com 21 concluintes. No segundo semestre desse mesmo ano foram organizados 50 grupos no Estado do Paraná, especialmente em Cascavel e na região Oeste do estado. Além disso, também tivemos um grupo em Santarém-PA. A partir de 2018, com a organização da plataforma vinculada à Pró-reitora de Extensão (https://www.unioeste.br/portal/pedagogia-historico-critica/inicio), foi possível ampliar significativamente o número de grupos, atingindo 223 grupos. Em 2019, organizamos 169 grupos. Em 2020, em função da pandemia do novo coronavírus e devido aos grupos funcionarem na modalidade presencial, para evitar riscos à saúde, suspendemos as atividades. Contudo, dado o desenvolvimento dos recursos tecnológicos que viabilizam os encontros à distância, decidimos retomá-los em 2021, atingindo 104 grupos, realizando os encontros por via remota. Em 2022, foram organizados 82 grupos. Em 2023, tivemos 60 grupos. Em 2023, no âmbito das atividades de extensão, é importante mencionar a realização de um curso, aberto à comunidade externa, com a participação de mais de quinhentos participantes, sobre a produção da pesquisa. O objetivo é qualificar os atuais e futuros pesquisadores. No que diz respeito à inserção de nosso grupo com a educação básica, praticamente todos os integrantes tem não apenas uma articulação, como uma atuação bastante intensa junto a esse nível educacional. Quanto às perspectivas futuras do grupo, ao que tudo indica, deveremos continuar na mesma direção. Porém, diante da instabilidade política e social, diante de tantas ameaças à educação e à escola pública, é difícil de prever qualquer coisa.

Palavras-chaves: História da Educação; Pedagogia Histórico-Crítica; Escola Pública

Publicado
31-10-2023