PROCESSO DE RESSIGNIFICAÇÃO DAS FEIRAS URBANAS

Um estudo de caso

  • Kariane Vanessa Gaiardo Universidade Federal da Fronteira Sul
Palavras-chave: Feiras urbanas, Juventude, Lugar, Cultura, Sociabilidade

Resumo

Historicamente as feiras foram referência em sociabilidade, o espaço de consolidação das cidades, onde detinha os poderes de articulação política, territorial e econômica. Conhecido como um lugar de trocas, pela sua função abranger muito mais que apenas a comercialização, mas trocas de saberes e culturas. Estes lugares estão atualmente ameaçados, por serem considerados empecilhos a “modernização” das cidades, que sofre um processo de naturalização consentida e incentivada pelo modelo econômico capitalista, onde as feiras aparecem com estruturas precárias e temporárias e públicos passageiros. Com esse formato fica visível a problemática do envelhecimento e precarização das feiras urbanas, e coloca como objetivo ressignificar o espaço de feira urbana para que se torne atrativo a outros públicos, principalmente aos jovens. Enquanto método de pesquisa qualitativa, será utilizado o estudo de caso, como ferramenta, para apresentar uma proposta que consiste em atender esse objetivo. Através da organização coletiva do Grupo de Jovens Gestores em parceria com a Cooperativa Nossa Terra e o Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA) de Erechim RS é que foi possível o projeto Feira Jovem. São duas edições já realizadas no formato de “festival primavera” uma em 2023 e uma em 2024, onde foi repensado o formato das feiras atualmente, com novas datas, horários, atrativos, públicos, trabalhados e geridos pela juventude e para a juventude, com atrações diversas, para que de fato possamos vivenciar uma feira com os seus princípios de sociabilidade, diversidade e cultura.

Publicado
04-07-2024