A VITIVINICULTURA FAMILIAR E O ENOTURISMO NO OESTE CATARINENSE (2000 A 2024)
Palavras-chave:
História Ambiental, Vitivinicultura, EnoturismoResumo
O trabalho analisa a vitivinicultura familiar no Oeste Catarinense entre 2000 e 2024, destacando sua articulação entre tradição, inovação tecnológica e preservação cultural. A vitivinicultura no Brasil tem raízes coloniais, com destaque para a imigração italiana no Sul. No Oeste de Santa Catarina, essa prática se consolidou como alternativa econômica após o esgotamento dos recursos madeireiros e com o fortalecimento da agricultura familiar. Utilizando abordagem qualitativa e fundamentada na História Ambiental, a pesquisa recorreu a dados estatísticos, bibliografia especializada, matérias jornalísticas e estudo de caso na Vinícola Breancini, localizada em Cordilheira Alta. Essa vinícola familiar iniciou suas atividades em 1998 e hoje enfrenta desafios como mudanças climáticas e ausência de apoio institucional, mantendo-se ativa por meio de práticas sustentáveis e enoturismo. A atividade vitivinícola está inserida em um território marcado por monoculturas, degradação ambiental e perda de biodiversidade. Ainda assim, dados da Epagri (2023) mostram crescimento na produção de uvas e vinhos em Chapecó, impulsionado por eventos e roteiros turísticos. O enoturismo tem se consolidado como estratégia de valorização territorial e geração de renda, ao integrar degustações e narrativas familiares. A pesquisa conclui que a vitivinicultura familiar no Oeste Catarinense possui grande potencial econômico, social e cultural, sendo necessário o fortalecimento de políticas públicas que incentivem a produção familiar, a sucessão rural e a promoção do turismo vinculado à cultura do vinho.
