DIVERSIDADE GENÉTICA DE STAPHYLOCOCCUS XYLOSUS CAUSADORES DE INFECÇÕES INTRAMAMÁRIAS EM OVELHAS DA RAÇA LACAUNE

Autores

  • Rafael Luan Perin Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Me. Gabriel Siqueira dos Santos
  • Priscila Correa Frison
  • Dr. Marcos Bryan Heinemann
  • Dra. Alice Maria Melville Paiva Della Libera
  • Dr. Fernando Nogueira de Souza
  • Dra. Maiara Garcia Blagitz Azevedo

Palavras-chave:

Mastite ovina, Resistência antimicrobiana, Formação de biofilmes, Epidemiologia molecular

Resumo

A mastite ovina, frequentemente associada a Staphylococcus spp., representa um desafio sanitário e econômico, especialmente em sistemas de produção leiteira. Este estudo investigou a epidemiologia molecular de S. xylosus em casos de mastite em ovelhas, com foco em genes de resistência antimicrobiana e diversidade genética. Foram analisadas 24 amostras positivas para S. xylosus, identificando-se a presença do gene blaZ (β-lactamase) em 16,7% dos isolados e do gene mecC (resistência à meticilina) em 8,3%. Nenhuma amostra apresentou o gene mecA, sugerindo mecanismos alternativos de resistência, como efluxo ativo. A análise de RAPD-PCR revelou diversidade genética entre os isolados, com formação de subtipos distintos, indicando possíveis rotas de transmissão heterogêneas. A detecção de mecC reforça o papel de S. xylosus como reservatório de genes de resistência emergentes, com riscos de transferência horizontal para patógenos humanos. Os resultados destacam a necessidade de monitoramento contínuo desse patógeno e a adoção de práticas de manejo que reduzam a pressão seletiva por antimicrobianos. Além disso, a ausência de correlação direta entre genótipo e fenótipo de resistência ressalta a importância de abordagens integradas, combinando genômica e ensaios fenotípicos, para orientar terapias assertivas e políticas de controle em ovinocultura.

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Publicado

24-11-2025