AVALIAÇÃO DO GRAU DE AMEAÇA DE ECOSSISTEMAS NO BIOMA PAMPA

Autores

Palavras-chave:

colapso, ecossistemas ameaçados, lista vermelha

Resumo

O bioma Pampa, distribuído entre o Brasil, Argentina e Uruguai, é um dos ecossistemas mais ameaçados globalmente, devido a conversão da vegetação nativa para agricultura e pecuária. Nesse sentido, este trabalho avaliou o risco de colapso de seis ecorregiões do Pampa, com base na Lista Vermelha dos Ecossistemas (LVE), utilizando o critério A (redução da distribuição geográfica) e os subcritérios A1 (últimos 50 anos) e A3 (desde 1750). Foi realizada uma análise multitemporal, por meio de dados da Coleção 4 do MapBiomas Pampa, extraídos no Google Earth Engine. Das seis ecorregiões, três foram classificadas como ameaçadas: Pampa Úmido e Restingas da Costa Atlântica como Vulneráveis (VU) pelo subcritério A3 e Savana Uruguaia Vulnerável pelo subcritério A1. A ecorregião Espinal foi considerada Quase Ameaçada (NT), enquanto as Savanas Inundada do Paraná e Mesopotâmica do Cone Sul foram classificadas como Pouco Preocupantes (LC) em ambos os subcritérios. Os resultados indicam que a que a perda histórica foi mais severa que a recente, mas o uso da terra, principalmente o avanço da soja, ainda colocam os ecossistemas em risco de ameaça podendo aumentar seu grau de ameaça. Ações regionais diferenciadas são necessárias para conter a degradação e preservar a integridade ecológica dos ecossistemas do Pampa.

Biografia do Autor

  • Anderson Saldanha Bueno, Instituto Federal Farroupilha - IFFar

    Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Maria (2008), mestrado em Ecologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (2010) e doutorado em Ciências Ambientais pela University of East Anglia (2019). É professor do Instituto Federal Farroupilha (IFFar), Campus Júlio de Castilhos. Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Ecologia de Comunidades, Ecologia da Paisagem, Ecologia Acústica, Ecologia Aplicada, Conservação da Biodiversidade e Ornitologia.

  • Daniela Oliveira de Lima, Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS

    Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Maria e mestrado e doutorado em Ecologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com período de doutorado sanduíche na Imperial College London, UK. Realizou estágio pós-doutoral na Deakin University, Melbourne, Austrália. Atualmente é professora de Ecologia da Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Cerro Largo - RS, onde atua nos cursos de graduação em Ciências Biológicas - Licenciatura e Bacharelado, Engenharia Ambiental e Agronomia. Também é docente permanente do PPG em Ambiente e Tecnologias Sustentáveis. Tem interesse em ecologia, zoologia e conservação de mamíferos, realizando trabalhos em diferentes biomas e escalas espaciais.

  • Isabela Alves Santos, Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS

    Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Tecnologias Sustentáveis na Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS, Campus Cerro Largo. Possui graduação no Curso de Ciências Biológicas - Licenciatura pela Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS, Campus Cerro Largo.  Voluntária no Projeto Guarda-chuva intitulado: Biologia da Conservação.

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Publicado

24-11-2025