PALLIATIVE CARE OUTCOME SCALE: INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DAS NECESSIDADES DE CUIDADOS PALIATIVOS

Resumo

1. Introdução

Os cuidados paliativos são compreendidos por assistências e manejos voltados para o conforto e bem-estar de pessoas de convivem com doenças ameaçadoras da vida. Este conceito se consolidou em meados da década de 1960 em Londres, através da luta e conquista de uma médica e enfermeira chamada Cicely Saunders. A qual fundou, nesta época, o primeiro centro de saúde destinado exclusivamente para cuidados paliativos (Silva; Massi, 2022).

Com o avanço nesta seara, novas pesquisas e estratégias de qualificação da assistência em saúde foram necessárias, entre elas a criação de instrumentos de avaliação das necessidades de cuidados paliativos. Nesta perspectiva, no ano de 1999 o instituto Cicely Saunders desenvolveu um instrumento destinado a esta avaliação, com intuito de identificar as necessidades pelas perspectivas das pessoas que convivem com a doença ameaçadora da vida, dos cuidadores informais e dos profissionais de saúde envolvidos no cuidado deste indivíduo, chamado Palliative care Outcome Scale (POS) (Correia, 2012).

A utilização deste instrumento tornou-se globalizada, havendo diversas adaptações e traduções para culturas ao redor do mundo. Dentre estes, a realidade brasileira teve sua validação na década de 2010. Desta forma, este estudo tem como objetivo: Conhecer o instrumento Palliative care Outcome Scale (POS) e sua utilização.

1. Metodologia

            Trata-se de um estudo bibliográfico com intuito de conhecer as variáveis e utilizações do instrumento Palliative care Outcome Scale (POS). Para o desenvolvimento do estudo foram utilizados materiais oriundos da plataforma oficial do instrumento, com acesso gratuito após cadastro e artigos de pesquisas que utilizaram o instrumento como mecanismo de coleta de dados.

1. Resultados e discussão

            O instrumento Palliative care Outcome Scale (POS) possui as mesmas questões em suas três versões (paciente, cuidador e profissional de saúde), sendo composto por dez questões que abordam a intensidade e/ou frequência das variáveis. Cabe salientar que as respostas devem ser referentes aos últimos três dias. Entre as variáveis, possuem sintomas físicos (dor, tosse, náusea, falta de ar e cansaço), sintomas psicológicos (ansiedade, preocupação e estresse), autoestima, tempo de cuidado com a saúde e questões financeiras relacionadas a doença/tratamento.

            Toda pergunta é respondida por meio de uma escala Likert, que varia de zero a quatro, em que pontuações menores representam maior necessidade de cuidados paliativos e, pontuações maiores menores níveis de demanda sob aquela variável. As pontuações são interpretadas por cada variável e podem ser comparadas entre as versões do instrumento, como forma de subsidiar o equilíbrio entre as percepções do indivíduo, do seu cuidador informal e do profissional de saúde.

            Torna-se interessante mencionar que novas formatações do instrumento foram desenvolvidas posteriormente a publicação da primeira versão, a exemplo da Integrated Palliative care Outcome Scale (IPOS), que reconfigura o instrumento para facilitar a apliacação.

            Atualmente, a POS é utilizada de diversas formas como instrumento de coleta de dados em pesquisas e na assistência as pessoas em cuidados paliativos. Há estudos que utilizam a POS apenas para avaliação dos sintomas físicos e psicológicos, para avaliação global das necessidades de cuidados paliativos e, como forma de avaliar a concordância entre os indivíduos envolvidos no cuidado ao paciente (Eychmülleret al., 2021; Sakuraiet al., 2021; Perin; Souza; Boniatti, 2022).

1. Considerações finais

Por fim, pode-se concluir que o instrumento Palliative care Outcome Scale (POS) é uma ferramenta interessante e efetiva para avaliação das necessidades de cuidados paliativos em pessoas que convivem com doenças ameaçadoras da vida, tornando-se um aliado na qualificação da assistência em saúde e balizador de cuidados.