CONTENÇÃO QUÍMICA PARA MANEJO IN SITU DE PEIXES EXÓTICOS E NATIVOS DE ÁGUA DOCE: COMPARAÇÃO DE DOIS PROTOCOLOS farmacológicos.

Autores

  • Izabelle Santos Guiotti Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS
  • Paulo Henrique Braz Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS
  • Daniele Camila Hiert Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS
  • Emilly da Silva da Fonseca Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS
  • Bruna Alves Ottobeli Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS

Palavras-chave:

Anestesiologia , Organismos aquáticos, Ictiofauna

Resumo

A biodiversidade aquática enfrenta múltiplas adversidades, sendo descrita introdução de espécies exóticas com potencial invasor.  A piscicultura comercial de peixes exóticos de água doce pode ser considerada um desafio ecológico devido a ocorrências de evasão á biomas hidrográficos silvestres adjacentes, representando um risco significativo á homeostase da ictiofauna local devido a alta adaptabilidade desses animais ao ambiente qual foram inseridos. É aceito que peixes manifestam percepção sensorial através de comportamentos frente a respostas fiosiológicas e neuroendócrinas perante estímulos nocívos, como o estresse. Neste contexto, o presente trabalho propõe estudo comparativo de dois protocolos farmacológicos realizados sob mesmas condições ambientais, investigando segurança e eficácia em contenção química de peixes manejados in situ. Os animais selecionados como objeto de estudo serão coletados de bacias hidrográficas do sudoeste do Paraná sendo eleitos peixes exóticos e nativos de biometria uniforme, totalizando 40 individuos agrupados igualmente em em quatro grupos sendo: Grupo 1 – exóticos (G1e); Grupo 2– exóticos (G2e); Grupo 3 - nativos (G3n) e Grupo 4 - nativos (G4n). G1e e G3n serão submetidos ao tratamento 1 (Tr1) utilizando propofol na dose de 5mg/kg, em administração intrabranquial. G2e e G4n serão submetidos ao tratamento 2 (Tr2) com eugenol na dose de 45mg/L por submersão. Busca-se determinar variáveis como: Período de latência, efeitos de contenção química, tempo de recuperação, efeitos colaterais e monitoração de parâmetros fisiológicos individuais como frquência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR), temperatura cloacal (Tºc) e avaliação eletrocardiográfica. Será realizado avaliação branquial a nível macroscópico, guiado por vídeo nos indivíduos submetidos a Tr1 e Tr2 buscando identificar fármaco-lesões no órgão. Posteriormente os animais exóticos serão eutanasiados e os nativos serão soltos no local de captura. Os dados serão compilados em intervalos de 5 minutos para análise estatística e submetidos ao teste ANOVA, se paramétricas, ou teste de Kruskal-Wallis, se não paramétricas. As variáveis paramétricas serão expressas como média e ± desvio padrão, enquanto as variáveis não paramétricas serão expressas em mediana e intervalos interquartis (25-75%). Para todos os testes, será considerado significativo um valor de p < 0,05. A aplicabilidade dos resultados ocorre em diversos contextos envolvendo manipulação de peixes incluindo pesquisa, procedimentos clínicos e ambulatoriais além de avaliação sanitária e reprodutiva visando bem estar animal.

 

Downloads

Publicado

24-11-2025