USO DO MAPA CONCEITUAL COMO ESTRATÉGIA DIDÁTICA PARA O ENSINO SOBRE DOR TORÁCICA:

UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Alane Karen Echer Universidade Federal da Fronteira Sul

Resumo

  1. Introdução

Com o progresso tecnológico e sua ampliação nas diversas áreas da educação, percebe-se uma transição do modelo tradicionalista de ensino para um novo paradigma, o qual redefine práticas pedagógicas e aprimora os processos de ensino e aprendizagem através do uso de tecnologias educativas (Neto et al., 2021). As discussões sobre tecnologias educativas tem sido de suma importância na relação entre o processo de ensino-aprendizagem na enfermagem, as quais contribuem para um aprendizado dinâmico e eficaz. Através  destas tecnologias, rompe-se o modelo de ensino tradicional, o qual centraliza o conhecimento na figura do professor, e coloca o aluno como protagonista no seu processo de aprendizagem, tornando-se um sujeito ativo na construção do próprio aprendizado. Dentre as abordagens, destaca-se o modelo educacional denominado aprendizagem significativa, proposto por David Ausubel na década de 1960. Essa metodologia enfatiza o papel dos professores na facilitação do aprendizado, incentivando a conexão entre os conhecimentos prévios dos alunos e os novos conteúdos (Costa Júnior et al.2023). Objetiva-se com esta metodologia, a construção de modelos mentais que favoreçam a assimilação e a compreensão aprofundada das informações, tornando o aprendizado mais estruturado e significativo, utilizando-se do mapa conceitual como ferramenta. Sendo assim, o presente trabalho visa relatar uma experiência de discentes do Programa de Pós Graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Chapecó, a vivência na realização de um seminário da disciplina de Tecnologias Educacionais na Formação, cuja temática foi: Mapa conceitual aplicado ao ensino da dor torácica. Objetivo: Relatar a experiência de discentes do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Chapecó, na realização de um seminário sobre Tecnologias Educacionais na Formação, abordando a aplicação do mapa conceitual no ensino da dor torácica.

 

  1. Metodologia

A apresentação do seminário foi realizada no primeiro semestre de 2025, no mês de abril, no turno matutino, com duração de aproximadamente 1 hora, na sala 303 do bloco C, nas dependências da UFFS Chapecó//SC. Essa atividade foi realizada por alunos pertencentes ao programa de pós-graduação de enfermagem. Para a realização do seminário, elaborou-se uma apresentação com o auxílio de recursos audiovisuais, aula expositiva, iniciada pela abordagem dos conceitos prévios dos alunos sobre o tema: Mapa conceitual, realizado através do aplicativo Mentimenter. Inicialmente, foram trazidos termos como: Memorização, resumo, praticidade, conexões e ideias. Posteriormente, para introduzir a metodologia proposta por Ausubel, iniciou-se com um caso clínico, posteriormente abrangendo a pergunta focal do mapa conceitual, sendo retomado os conhecimentos adquiridos pela metodologia proposta, e, ao final da apresentação através da metodologia de feedback 360º criado um novo mapa conceitual sobre a aplicabilidade do mesmo.

 

  1. Resultados e discussão

Durante a apresentação do seminário, participaram das atividades um total de 12 discentes. No primeiro momento, foram elencadas palavras-chaves do que imaginava se tratar o mapa conceitual através dos conhecimentos prévios. Posteriormente, foi discutido um caso clínico acerca de um paciente fictício, com dor torácica intensa há uma hora, irradiada para braço e mandíbula, acompanhada de náuseas e sudorese. Antecedentes: hipertensão, dislipidemia, tabagismo (30 anos) e sedentarismo. Uso de losartana 50 mg/dia, sem acompanhamento médico. Logo, a pergunta focal do mapa conceitual está relacionada à cardiologia, sendo ela: “Como utilizar o mapa conceitual para resolver um caso clínico de um paciente com diagnóstico de dor torácica?”. Após, foi elucidado um mapa conceitual sobre dor torácica e seus critérios diagnósticos, baseados nos guidelines atuais, como pode-se observar na figura 1: 

. Considerações finais

Com base no que foi apresentado sobre o método e explanado na aplicabilidade à uma temática, pode-se observar que o mapa conceitual pode ser considerado uma importante ferramenta de estudo, tornando-se uma estratégia valiosa no processo de ensino-aprendizagem, especialmente na formação em enfermagem, uma vez que o sujeito se torna protagonista na construção de seu conhecimento, aplicando de forma mútua a troca de saberes. A execução dessa metodologia demonstrou seu potencial em benefício da organização do conhecimento, facilitando a conexão entre conceitos e promovendo um aprendizado mais significativo e construtivo. Ao utilizar o mapa conceitual no ensino da dor torácica, os alunos puderam visualizar, estruturar e aplicar informações de maneira integrada, aprimorando sua capacidade de raciocínio clínico e tomada de decisão. Dessa forma, reforça-se a importância da adoção de tecnologias educacionais inovadoras, diante de um cenário cibernético de nativos digitais, onde o conhecimento é adquirido majoritariamente por meio de tecnologias e redes. Deste modo, este instrumento e método torna o ensino mais dinâmico, interativo e eficaz, proporcionando um aprendizado mais profundo e aplicável à prática profissional.

 

Referências

 

COSTA JÚNIOR, João Fernando; LIMA, Presleyson Plínio de; ARCANJO, Cláudio Firmino; SOUSA, Fabrícia Fátima de; SANTOS, Márcia Maria de Oliveira; LEME, Mário; GOMES, Neirivaldo Caetano. ​ Um olhar pedagógico sobre a Aprendizagem Significativa de David Ausubel. ​ Revista Brasileira de Ensino e Aprendizagem –

 

REBENA, v. ​ 5, p. 51-68, 2023. ​ Disponível em: . ​ Acesso em: 19 abr 2025.

PIEGAS, LS et al. V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnível do segmento ST. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Sociedade Brasileira de Cardiologia. ISSN-0066-782X. Volume 105, Nº 2, Supl. 1, Agosto 2015. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/abc/a/VPF5J5cmYSyFFfM8Xfd7dkf/?format=pdf&lang=pt> Acesso em: 19 abr. 2025.

RAPOSO NETO, Luiz Torres; SILVA, Esequias Rodrigues; CERQUEIRA, Gilberto Santos. Metodologias ativas: Modismo ou inovação pedagógica. In: Metodologias ativas: modismo ou inovação? SANTOS, Patrícia Vieira (org.). Quirinópolis, GO: Editora IGM,2021. Disponível em: https://editoraigm.com.br/wpcontent/uploads/2021/01/Livro-Metodologias-Ativas-Modismo-ou-Inovacao.pdf.

 

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Publicado

24-11-2025