EFEITOS DA SINALIZAÇÃO PURINÉRGICA NA PROGRESSÃO TUMORAL DE MENINGIOMAS
Palavras-chave:
Neoplasias do Sistema Nervoso Central, Meningioma, Sistema PurinérgicoResumo
Os meningiomas são tumores primários que surgem nas meninges do SNC, sendo mais comuns em mulheres por volta dos 60 anos. Representam cerca de 40% dos tumores intracranianos, com aumento de incidência devido ao envelhecimento populacional e avanços em neuroimagem (Wang et al., 2024). A OMS classifica esses tumores em três graus: grau 1 (benigno, 80,1% dos casos), grau 2 (atípico, 18,3%) e grau 3 (maligno, 1,5%). O tratamento padrão é a cirurgia, com radioterapia adjuvante em alguns casos, mas faltam terapias sistêmicas eficazes (AANS, 2022; Wang et al., 2024).
Estudos recentes destacam o papel da sinalização purinérgica na progressão tumoral. A adenosina (ADO), derivada da degradação do ATP pelas enzimas CD39 e CD73, promove imunossupressão no microambiente tumoral ao ativar receptores A2A e A2B, facilitando a evasão imune e angiogênese (Cardoso et al., 2021). Em meningiomas, a expressão de PD-L1 está associada a maior agressividade, especialmente nos graus 2 e 3, sugerindo seu potencial como biomarcador e alvo para imunoterapia (Domingues et al., 2018).
O objetivo geral do trabalho é analisar a relação da sinalização purinérgica na progressão tumoral de meningiomas de pacientes operados em hospital terciário do Sul do Brasil. Para este resumo, foi realizado o recorte dos dados parciais coletados, acerca da caracterização da amostra de participantes. As análises laboratoriais da sinalização purinérgica estão em andamento, no momento, sem dados parciais para apresentação.
