ESTUDO DA FRAÇÃO VOLÁTIL DO ÓLEO ESSENCIAL DE PIMENTA ROSA EM DIFERENTES TEMPERATURAS
Palavras-chave:
pink pepper, cinética de liberação, cromatografia gasosa, SPMEResumo
Os óleos essenciais vêm sendo cada vez mais valorizados por suas propriedades antimicrobianas e antioxidantes, especialmente em aplicações nas áreas alimentícia, farmacêutica e cosmética. Dentro desse cenário, o óleo essencial de pimenta rosa (Schinus terebinthifolia Raddi) chama a atenção por conter compostos ativos como D-limoneno, alfa-felandreno e cariofileno, com grande potencial funcional. Portanto, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da temperatura na liberação e composição da fração volátil do óleo essencial de pimenta rosa, como etapa preliminar para aplicação em sistemas de liberação controlada. Para isso, o óleo foi diluído em etanol, inserido em embalagens de PET, e mantido em duas condições distintas de temperatura: 5 °C e 23 °C. A extração dos compostos presentes no headspace foi realizada utilizando microextração em fase sólida (SPME), e as amostras foram analisadas por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (GC-MS), em diferentes tempos de exposição: 0, 1, 2 e 3 horas. Os resultados mostraram que a 23 °C, houve uma liberação mais rápida e intensa, com perda expressiva dos compostos voláteis na primeira hora e predominância de compostos de maior massa molar. A curva de tendência ajustou-se ao modelo exponencial com R² = 0,9687. Com a temperatura de 5 ºC a liberação ocorreu de maneira lenta e gradual, com maior retenção de compostos de baixo peso molecular, como D-Limoneno (54,94%) e alfa-Felandreno (23,59%), e ajuste com R²=0,9985. A composição química foi afetada pela temperatura e tempo de exposição, em 23 ºC houve uma maior diversidade química, enquanto a 5 ºC permitiu preservar os compostos mais voláteis. Conclui-se que a escolha da temperatura deve considerar a finalidade da aplicação: para ação imediata, temperaturas mais elevadas apresentam maior eficácia, enquanto para sistemas com liberação prolongada, o uso de baixas temperaturas favorece a estabilidade e retenção dos compostos.
