A PARTICIPAÇÃO DE PESSOAS TRANS NO ESPORTE COMPETITIVO SOB A ÓTICA DA PATERNIDADE

UM ESTUDO DE CASO

Autores

  • Jonatan Pellenz Uffs
  • Anderson Reis de Sousa UFBA
  • Jeferson Santos Araujo UFFS
  • Augusto Krindges uffs

Palavras-chave:

Medicina esportiva, Pessoas transgêneras , Cuidados de Enfermagem

Resumo

 

As pessoas transgêneros são caracterizadas quando há uma incongruência do sexo de nascimento e da identidade de gênero que se reconhecem, (SAADEH, 2019,  SPB, 2019, CIASCA, 2019). Nos últimos anos percebe-se um aumento da prevalência, estima-se que  cerca de  2% da população Latinoamericana, o que corresponde 3 milhões de pessoas trans segundo um estudo realizado por Spizzirri, et al., em (2021). 

A população transgênera ela vem se destacando e assumindo posturas de representatividade em diversas esferas, embora ainda existam preconceitos de todas as ordens, observa-se um aumento significativo de comentários direcionados a atletas transgênero em competições esportivas, muitos dos quais apresentam teor transfóbico e carregam forte carga discriminatória. Embora não existam dados absolutos sobre o número total de atletas transgênero no mundo, de acordo com levantamento realizado pela revista esportiva OutSports, os Jogos Olímpicos de Paris contaram com a participação aproximadamente de 195 atletas que se identificam como LGBTQIAPN+; dentre estes, apenas duas pessoas se autodeclararam transgênero ou não binárias.

Atualmente temos vários atletas trans que enfrentam dificuldades tanto no esporte Nacional como a nível Internacional, um exemplo claro é a jogadora de Vôlei Tifanny Abreu primeira mulher trans a jogar profissionalmente no Brasil, vítima de transfobia por conta da sua excelente performance em quadra (SANT’ANA, 2022). 

Não são casos isolados, a nadadora estadunidense Lia Thomas primeira mulher trans a conquistar o título de 500 jardas livre  na competição National Collegiate Athletic Association (NCAA) em 2022,  dois anos mais tarde  foi vítima de transfobia  pelas regras discriminatórias estabelecidas na World Aquatics (WEBER, G, 2024).

Esses e muitos outros casos acontecem diariamente. O fato de não fazerem parte da nossa realidade imediata não significa que devemos ignorá-los ou deixar de lutar contra as diversas formas de transfobia, muitas vezes perpetuadas por pessoas influentes e até mesmo por nossos representantes. Por isso, destaca-se importante estudos relacionados a esse assunto, pois foi uma das temáticas abordadas pelas paternidades quando perguntados ao final da entrevista “Qual a pergunta que você gostaria que eu tivesse feito, mas não fiz”?

 

Biografia do Autor

  • Jonatan Pellenz, Uffs

    Enfermeiro. Mestrando em Enfermagem. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Chapecó.

  • Anderson Reis de Sousa , UFBA

    Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde

  • Jeferson Santos Araujo, UFFS

    Enfermeiro, Professor do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)

    Professor do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da UFFS

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Publicado

24-11-2025