A PARTICIPAÇÃO DE PESSOAS TRANS NO ESPORTE COMPETITIVO SOB A ÓTICA DA PATERNIDADE
UM ESTUDO DE CASO
Palavras-chave:
Medicina esportiva, Pessoas transgêneras , Cuidados de EnfermagemResumo
As pessoas transgêneros são caracterizadas quando há uma incongruência do sexo de nascimento e da identidade de gênero que se reconhecem, (SAADEH, 2019, SPB, 2019, CIASCA, 2019). Nos últimos anos percebe-se um aumento da prevalência, estima-se que cerca de 2% da população Latinoamericana, o que corresponde 3 milhões de pessoas trans segundo um estudo realizado por Spizzirri, et al., em (2021).
A população transgênera ela vem se destacando e assumindo posturas de representatividade em diversas esferas, embora ainda existam preconceitos de todas as ordens, observa-se um aumento significativo de comentários direcionados a atletas transgênero em competições esportivas, muitos dos quais apresentam teor transfóbico e carregam forte carga discriminatória. Embora não existam dados absolutos sobre o número total de atletas transgênero no mundo, de acordo com levantamento realizado pela revista esportiva OutSports, os Jogos Olímpicos de Paris contaram com a participação aproximadamente de 195 atletas que se identificam como LGBTQIAPN+; dentre estes, apenas duas pessoas se autodeclararam transgênero ou não binárias.
Atualmente temos vários atletas trans que enfrentam dificuldades tanto no esporte Nacional como a nível Internacional, um exemplo claro é a jogadora de Vôlei Tifanny Abreu primeira mulher trans a jogar profissionalmente no Brasil, vítima de transfobia por conta da sua excelente performance em quadra (SANT’ANA, 2022).
Não são casos isolados, a nadadora estadunidense Lia Thomas primeira mulher trans a conquistar o título de 500 jardas livre na competição National Collegiate Athletic Association (NCAA) em 2022, dois anos mais tarde foi vítima de transfobia pelas regras discriminatórias estabelecidas na World Aquatics (WEBER, G, 2024).
Esses e muitos outros casos acontecem diariamente. O fato de não fazerem parte da nossa realidade imediata não significa que devemos ignorá-los ou deixar de lutar contra as diversas formas de transfobia, muitas vezes perpetuadas por pessoas influentes e até mesmo por nossos representantes. Por isso, destaca-se importante estudos relacionados a esse assunto, pois foi uma das temáticas abordadas pelas paternidades quando perguntados ao final da entrevista “Qual a pergunta que você gostaria que eu tivesse feito, mas não fiz”?
