DINÂMICA DAS ESTIAGENS NA REGIÃO DO RIO URUGUAI
Palavras-chave:
Índices climáticos, Eventos Extremos, Estiagens e secasResumo
As variabilidades climáticas devem ser analisadas em múltiplas escalas geográficas, diferentes frequências temporais e distintas variações meteorológicas. No contexto das mudanças climáticas, essas oscilações têm se intensificado aumentando também a frequência de eventos extremos em diversas localidades. Nesse cenário, torna-se essencial ampliar as pesquisas que forneçam bases sólidas para compreender essas dinâmicas e seus múltiplos impactos na organização socioespacial. Entre os principais riscos climáticos, destacam-se as secas e estiagens, fenômenos que vêm crescendo globalmente e causando prejuízos econômicos, territoriais, ambientais e à saúde pública. A Região Sul do Brasil, particularmente, carece de planos mais robustos de adaptação e mitigação frente a esses eventos. Em consideração dos recentes registros de seca na Região Hidrográfica do Rio Uruguai (RHU), com maior intensidade nos verões entre 2020 a 2025. Diante disso, o presente estudo visa sistematizar dados preliminares sobre os períodos de mínima precipitação para identificar eventos de estiagem na vertente brasileira da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai. Foram utilizados dados diários de precipitação entre 1990 e 2020, aplicando-se índices climáticos por meio do software Climpact. Os resultados indicaram os anos de 1995/1996 e 2010/2012/2015 como os de maior ocorrência de estiagens, atingindo de 10 a 13 das 17 estações analisadas. Destacam-se ainda os anos de 1993/1996 e 2010/2015, com registros de 50 a 59 dias consecutivos sem chuva. Evidencia-se, portanto, a necessidade urgente de avanços nas estratégias de enfrentamento dos impactos das estiagens para elaboração de políticas e planos de adaptação e resiliências a estes fenômenos.
