COLONIALIDADE E CURRÍCULO
AS LICENCIATURAS EM HISTÓRIA DE INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE ENSINO SUPERIOR NO BRASIL MERIDIONAL
Palavras-chave:
educação superior, eurocentrismo, geopolítica do conhecimento, giro decolonial, modelo quadripartiteResumo
Esta pesquisa problematiza, com base nas Epistemologias do Sul, de que forma a colonialidade está presente nos currículos das licenciaturas em História de instituições públicas de ensino superior no Brasil Meridional. O trabalho identifica uma dimensão discursiva da diferença colonial, que busca cercear a descolonização das mentes, mediante uma concepção de tempo atrelada à colonialidade de poder, saber, ser e gênero – o que se consolida no modelo quadripartite, com as histórias Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea. Assim, enquanto as histórias de outras localidades podem ser tão somente um apêndice anacrônico, atrasado e, portanto, subalternizado pela geopolítica do conhecimento colonialista, emerge a contingência de problematizarmos as matrizes de ensino eurocêntricas nas quais é promovida a tradicional concepção linear em que a história do Brasil e a de todo o conjunto da América Latina seriam tão somente uma derivação inferior da expansão europeia e em que se nega o protagonismo de sujeitos como indígenas, mulheres e negros. Diante disso, por meio da catalogação e da análise documental de vinte e nove (29) Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPCs) atrelados ao escopo da investigação, entendeu-se que o padrão eurocêntrico permanece absolutamente hegemônico e naturalizado.
