ESCREVIVÊNCIAS QUE TESTEMUNHAM

O TRAUMA COLONIAL EM BECOS DA MEMÓRIA, DE CONCEIÇÃO EVARISTO

Autores

Palavras-chave:

Brasil, colonialidade, ditadura, literatura, testemunho

Resumo

Diante da compreensão de que a escrevivência envolve um fenômeno diaspórico que – alicerçado na confusão entre escrita e vivência – conecta as vítimas da colonialidade na crítica a uma imagem do passado que reedita as dores da catástrofe, o trabalho analisa o livro Becos da memória, da autora brasileira Conceição Evaristo. Diante disso, o argumento apresentado é o de que essa obra constitui, por meio da linguagem, denúncia da violência atrelada à ditadura civil-militar brasileira e, além disso, abrange exercício de elaboração pública do trauma de um passado colonial mais amplo e persistente.

Biografia do Autor

  • Guilherme José Schons, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)

    Mestrando no Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH) da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) - Campus Erechim, com bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Graduado em História pela UFFS. Graduando em Letras. Integra, na condição de membro fundador, o Laboratório de História Pública da UFFS (LAHIPU). Faz parte da equipe do projeto de extensão Anjo da História: plataforma digital de divulgação e debate histórico, iniciativa de História Pública com inspiração benjaminiana. É colunista do site História da Ditadura. É membro do Grupo de Estudos em História e Literatura (GEHISLIT), afiliado ao Departamento de História da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Atua no Centro de Documentação e Laboratório de História Oral (CDLHO) da UFFS, com envolvimento no Grupo de Pesquisa Práticas de Conservação em Documentos Históricos na Colônia Erechim e nas atividades de digitalização e catalogação de acervos judiciais. Compõe o Grupo de Pesquisa Sítios de memória e consciência: passados traumáticos, esfera pública e democracia, associado à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e à Rede Brasileira de Pesquisadores de Sítios de Memória e Consciência (REBRAPESC), assim como o Grupo de Pesquisa Memória, Democracia e Direitos Humanos, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) - Campus Erechim. Está inserido no Grupo de Pesquisa em Educação Emocional (GRUPEE) da UFFS. Frequenta o Grupo de Estudos Pesquisa em História - Teoria e Prática, vinculado ao PPGICH/UFFS e ao Curso de História da UFFS - Campus Chapecó. Cursa disciplinas em programas de pós-graduação em História, Educação, Filosofia, Geografia e Interdisciplinar em Ciências Humanas de diversas universidades brasileiras (USP, UNIRIO, UFRGS, UFSC e UFFS). Esteve bolsista (2021-2024) do Programa de Educação Tutorial/Conexões de Saberes - Práxis (PET/FNDE), grupo com foco na educação popular de matriz freireana. Foi investigador no âmbito do Programa de Iniciação Científica e Tecnológica (PRO-ICT) da UFFS, tendo desenvolvido os projetos de pesquisa Mediação e Didática: um estudo genealógico e cartográfico da produção acadêmica da Educação de Pessoas Jovens e Adultas no Brasil (2021-2023) e Guerra e paz nos livros didáticos de História: a proposta "por uma Compreensão Internacional" da UNESCO (2023-2024), bem como bolsista (2020-2021) e voluntário (2021-2022) do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID/CAPES) e voluntário (2022-2024) no Programa de Residência Pedagógica (PRP/CAPES). Participa, enquanto representante discente, de diversos órgãos colegiados da UFFS. Tem experiência em pesquisas relacionadas à história de Erechim e à ditadura civil-militar na região Alto Uruguai. Se interessa pelos seguintes temas: ditadura civil-militar brasileira, Estado Novo português em Moçambique, colonialismo de Portugal, trauma colonial, literatura testemunhal e estudos pós-coloniais e decoloniais, os quais foram foco do seu trabalho de conclusão de curso (TCC) intitulado: Memórias de duas ditaduras ibero-amefricanas: Brasil, Moçambique e Portugal nas escrevivências pós-coloniais de Conceição Evaristo e Isabela Figueiredo.

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Publicado

24-11-2025