ESCREVIVÊNCIAS QUE TESTEMUNHAM
O TRAUMA COLONIAL EM BECOS DA MEMÓRIA, DE CONCEIÇÃO EVARISTO
Palavras-chave:
Brasil, colonialidade, ditadura, literatura, testemunhoResumo
Diante da compreensão de que a escrevivência envolve um fenômeno diaspórico que – alicerçado na confusão entre escrita e vivência – conecta as vítimas da colonialidade na crítica a uma imagem do passado que reedita as dores da catástrofe, o trabalho analisa o livro Becos da memória, da autora brasileira Conceição Evaristo. Diante disso, o argumento apresentado é o de que essa obra constitui, por meio da linguagem, denúncia da violência atrelada à ditadura civil-militar brasileira e, além disso, abrange exercício de elaboração pública do trauma de um passado colonial mais amplo e persistente.
