ENTRE O PROGRESSO E A PERDA
A UHE FOZ DO CHAPECÓ E A TRANSFORMAÇÃO DA FRONTEIRA SUL
Palavras-chave:
UHE Foz do Chapecó, Usina Hidrelétrica, História AmbientalResumo
A construção de grandes usinas hidrelétricas no Brasil intensificou-se a partir da segunda metade do século XX, como resposta à crescente demanda energética provocada pela industrialização e urbanização. Dentro desse contexto, destaca-se a Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó (inaugurada em 2010), situada no rio Uruguai, entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, cuja análise revela tensões entre desenvolvimento econômico, impactos ambientais e transformações sociais.
O texto adota uma perspectiva analítica fundamentada na História Ambiental e na História Econômica para investigar de que maneira o empreendimento impactou os ecossistemas, as formas de vida das populações locais e a organização territorial da região. A Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó é analisada como um caso emblemático de como obras de infraestrutura energética materializam decisões políticas e econômicas que beneficiam determinados setores sociais, enquanto geram prejuízos para comunidades ribeirinhas e para o meio ambiente.
O rio Uruguai, historicamente importante para o sul do Brasil, foi intensamente explorado a partir do século XX por meio de grandes projetos hidrelétricos que alteraram seu curso e impactaram ecossistemas. A pesquisa enfatiza que esses empreendimentos são parte de um projeto nacional de modernização e crescimento econômico, mas também geram deslocamentos populacionais, conflitos territoriais e desequilíbrios ambientais.
Por fim, a pesquisa objetiva compreender os impactos socioambientais e econômicos da UHE Foz do Chapecó, inserindo o caso em um debate mais amplo sobre o modelo de desenvolvimento brasileiro. A combinação entre História Ambiental e História Econômica permite analisar a usina não apenas como obra de engenharia, mas como símbolo de transformações estruturais no território da Fronteira Sul.
