AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CENTESIMAL DE FARINHA DE GRILO (GRYLLUS ASSIMILIS), DE RAÇÕES E DA CARNE DE TILÁPIA (OREOCHROMIS NILOTICUS) EM DIETAS AQUÍCOLAS

Autores

  • Charles Henrique dos Santos UFFS
  • Pedro Trabulsi Junqueira Franco
  • Leticia Maria Polli Kades
  • Milena Cia Retcheski
  • Silvia Romão
  • Vania Zanella Pinto
  • Luisa Helena Cazarolli

Resumo

A aquicultura, setor de produção de alimentos em rápido crescimento, busca alternativas proteicas sustentáveis para as dietas de pescado, que representam a maior parte dos custos. A farinha de peixe, fonte convencional, enfrenta escassez e alta de preços. Nesse cenário, insetos como o grilo (Gryllus assimilis) emergem como promissores, por serem ricos em proteínas e lipídeos. Este estudo avaliou o potencial da farinha de ninfas de G. assimilis em dietas para tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus), com foco na composição centesimal tanto da farinha e das rações quanto da carne das tilápias. A metodologia envolveu a caracterização da composição centesimal da farinha de grilo (proteína, lipídeos, cinzas, umidade) e das rações experimentais (0%, 33%, 66% e 100% de substituição da farinha de peixe por farinha de grilo), além da análise da composição centesimal dos filés de tilápia após 47 dias de alimentação. Os resultados demonstraram que a farinha de grilo possui alta qualidade nutricional, com 69,27% de proteína total e 23,68% de lipídeos totais. As rações formuladas mantiveram o balanço de proteínas e lipídeos. Crucialmente, a inclusão da farinha de grilo na dieta não alterou significativamente a composição centesimal da carne das tilápias, mantendo os teores de proteína, lipídeos, cinzas e umidade. Conclui-se que a farinha de Gryllus assimilis é uma fonte nutricional viável e sustentável para tilápias, sem comprometer a qualidade da carne. Isso reforça seu potencial para a produção aquícola.

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Publicado

24-11-2025