A DOCÊNCIA NEOLIBERAL

PRECARIZAÇÃO E RESISTÊNCIA NO TRABALHO EDUCACIONAL

Autores

  • Marjorie Bier krinski Corrêa UFFS Campus Cerro Largo
  • Diana Juciéli Ribeiro UFFS, Campus Cerro Largo
  • Marcelo Ordesto Rodrigues UFFS, Campus Cerro Largo
  • Odair Leandro Krinski Corrêa UFFS, Campus Cerro Largo
  • Rodrigo Magnos Soder UFFS, Campus Cerro Largo

Palavras-chave:

professores, educação, políticas educacionais, precarização

Resumo

A educação, em suas diversas modalidades e níveis, configura-se como eixo estratégico para o desenvolvimento econômico, social e cultural de uma nação. Contudo, os sistemas educacionais têm sido progressivamente moldados por uma lógica produtivista, na qual a escola assume uma função instrumental voltada à eficiência, competitividade e adequação dos sujeitos às exigências do mercado. Nessa perspectiva, Saviani (2002) identifica dois momentos distintos: o primeiro, entre 1950 e 1970, marcado pela influência do taylorismo-fordismo e pela pedagogia tecnicista; o segundo, a partir do final dos anos 1980, orientado pelo modelo toyotista, que sustenta as reformas neoliberais por meio da flexibilização e da intensificação da lógica gerencial no âmbito escolar.

Diante desse cenário, torna-se necessário compreender os efeitos dessas transformações sobre o trabalho docente, especialmente quanto à intensificação e precarização das condições laborais. As reformas neoliberais provocam reestruturações profundas, expressas na redefinição dos currículos, imposição de metas e valorização de indicadores de desempenho que agravam a responsabilização individual e o adoecimento profissional. Justifica-se, assim, este estudo, que objetiva analisar criticamente as múltiplas dimensões do trabalho docente contemporâneo, relacionando-o às políticas educacionais em curso e ao desenvolvimento regional, contribuindo para o debate sobre a valorização do magistério e a defesa de uma educação pública pautada na equidade e na justiça social.

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Publicado

24-11-2025