UMA HISTÓRIA AMBIENTAL DO CINEMA INDEPENDENTE BRASILEIRO
ANÁLISES ECOCRÍTICAS SOBRE OANTROPOCENO (2000-2024)
Palavras-chave:
História Ambiental;, Cinema Independente, AntropocenoResumo
A presente pesquisa tem como objetivo investigar as denúncias ambientais representadas em produções do cinema independente brasileiro, no período de 2000 a 2024, relacionando-as com os desastres socioambientais característicos do Antropoceno. O conceito, difundido por Paul Crutzen e Eugene Stoermer no início dos anos 2000, propôs compreender a era contemporânea como marcada pela ação antrópica em escala global. Embora sua oficialização como nova era geológica tenha sido recusada pela Comissão Internacional de Estratigrafia em 2024, o termo adquiriu centralidade como ferramenta de análise histórico-cultural.
A pesquisa parte da constatação de que existe um crescimento significativo de festivais e produções audiovisuais voltados a questões ambientais, mas que a historiografia ainda carece de estudos aprofundados sobre cinema independente de baixo orçamento enquanto fonte para a História Ambiental. Pretende-se, portanto, contribuir para preencher essa lacuna, articulando os campos da História Ambiental, Cinema Ambiental e Ecocrítica.
O recorte geográfico abrange o território brasileiro, a partir da divisão por biomas: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal, Caatinga e Pampa. De modo a compreender como os biótopos influenciam tanto a produção cinematográfica quanto as temáticas ambientais abordadas. A partir disso, busca-se analisar como o cinema independente pode contribuir para a criação de sensibilidades socioambientais e para a construção de imaginários críticos frente à crise planetária caracterizada pelo Antropoceno.
