PROTEASES MICROBIANAS NA VALORIZAÇÃO DE SUBPRODUTOS ANIMAIS
PRODUÇÃO DE HIDROLISADOS PROTEICOS ANTIOXIDANTES
Palavras-chave:
Proteases microbianas, Hidrolisados proteicos, Atividade antioxidante, Subprodutos agroindustriais, BacillusResumo
No Brasil, a vasta produção agroindustrial gera subprodutos animais significativos, como sangue, ossos e vísceras, apresentando um desafio ambiental. A bioconversão desses resíduos em produtos de valor agregado, utilizando microrganismos e suas enzimas, é uma estratégia biotecnológica sustentável e alinhada à economia circular. As proteases microbianas, amplamente utilizadas na indústria, são cruciais para hidrolisar esses subprodutos, gerando hidrolisados proteicos antioxidantes que reduzem o impacto ambiental e agregam valor. Os hidrolisados proteicos são misturas de peptídeos e aminoácidos com bioatividades influenciadas por sua estrutura. A via enzimática é preferida, pois a especificidade da enzima determina os peptídeos liberados e seus potenciais bioatividades, como o potencial antioxidante. Proteases comerciais como Alcalase, Protamex, Neutrase e Flavourzyme são eficazes, mas há crescente interesse em proteases microbianas não-comerciais. Contudo, a literatura carece de estudos sobre a aplicação de enzimas não-comerciais para hidrolisar subprodutos específicos como fígado, rins e pulmões de animais de açougue, indicando uma lacuna de pesquisa e a necessidade de explorar a diversidade microbiana. A valorização desses subprodutos abundantes oferece uma solução ambientalmente favorável. O objetivo deste trabalho foi apresentar uma breve revisão de literatura sobre a aplicação de proteases microbianas na hidrólise de subprodutos de origem animal, e o potencial dessas enzimas como ferramenta para o manejo e valorização dessas biomassas. Tendo como metodologia uma revisão narrativa de literatura, realizada na base de dados Scopus, explorando a aplicação de proteases microbianas na valorização de subprodutos de origem animal.
