ENSINO SOBRE PROMOÇÃO DA SAÚDE DA POPULAÇÃO LGBTQIAPN+ NO BRASIL – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Palavras-chave:
ENSINO SOBRE PROMOÇÃO DA SAÚDE DA POPULAÇÃO LGBTQIAPN+ NO BRASIL – UM RELATO DE EXPERIÊNCIAResumo
A Constituição Federal de 1988 e o Sistema Único de Saúde (SUS) garantem, em tese, o direito à saúde universal e equânime no Brasil. No entanto, as necessidades de minorias, como a população LGBTQIA+, são frequentemente negligenciadas devido a barreiras estruturais, como discriminação, falta de preparo dos profissionais de saúde e LGBTfobia institucional (Miskolci et al., 2022). A Política Nacional de Saúde Integral LGBT (PNSI-LGBT), instituída em 2011, representa um marco ao reconhecer as especificidades desse grupo e propor diretrizes para garantir seu acesso à saúde integral (Brasil, 2011).
Apesar dos avanços que asseguram os direitos deste grupo, a realidade é marcada por violências e iniquidades. O Brasil lidera o ranking mundial de assassinatos de pessoas trans (ANTRA, 2025), e a população LGBTQIA+ enfrenta maiores riscos de adoecimento mental, suicídio e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como HIV/Aids, em comparação à população geral (Brasil, 2024; OMS, 2022). Tais disparidades refletem determinantes sociais como exclusão familiar, desemprego e estigma, que limitam o acesso a serviços de saúde e perpetuam ciclos de vulnerabilidade (Ayres, 2000; Rocon et al., 2020). Nesse contexto, a formação em saúde emerge como ferramenta central para transformar práticas profissionais e sociais. Este estudo objetiva relatar a experiência de ensino sobre promoção da saúde LGBTQIA + para enfermeiros pós graduandos em Enfermagem, realizada no formato de seminário no Programa de Pós Graduação em Enfermagem (Mestrado Acadêmico) da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS).
