Notas sobre Ciência, Arte e Espaço
Resumo
Um olhar desatento deve encontrar poucas relações entre ciência e arte, ou entre os cotidianos de cientistas e artistas, ambos entendidos, por vezes, com papéis e espaços distantes na sociedade. Ao extremo, essa perspectiva tende a imaginar a ciência como restrita ao domínio da razão e objetividade, e a arte imaginada como o domínio da emoção e subjetividade, sendo a primeira, assim, de maior interesse e utilidade pública. Assim, com aporte da geografia e do pensamento crítico de Henri Lefebvre, levantamos algumas questões em torno das relações entre arte, ciência e espaço geográfico, no objetivo de pensarmos em elementos que tragam a possibilidade de superar interpretações puramente discursivas das obras de arte.