MURO FRUTAL NOVOS SISTEMAS DE CONDUÇÃO EM PESSEGUEIRO E SUA INFLUÊNCIA NO DESENVOLVIMENTO INICIAL

  • Jean Do Prado Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Chapecó
  • Paulo Machado
  • Clevison Luis Giacobbo
  • Nathan Turchiello
  • Giovane Cariot
Palavras-chave: Prunus persica. Sistema planar. Sistema 2D.

Resumo

No Brasil de uma maneira geral, durante muitos anos se utilizou de dois sistemas de condução sendo elas as formações de Y e vaso aberto ou taça (Dini M. 2021). Novos sistemas de condução devem ser avaliados, para uma fácil execução, que permite a instalação de pomares em uma elevada densidade, e que consigam alcançar produções elevadas, de qualidade e com um baixo custo, além de uma boa penetração da luz no interior das plantas, e um melhor controle de vigor, altura e distribuição dos ramos nos líderes, de forma a adaptar o pomar a uma maior mecanização (Sousa, R. 2010; Mota et al., 2014).

O objetivo com este trabalho foi avaliar o desenvolvimento vegetativo inicial e aspectos em plantas de pessegueiro conduzidas em diferentes sistemas de condução combinados com densidades de plantio.

O experimento foi realizado em pomar de pessegueiro cv. Rubimel, conduzidos no pomar didático da Fruticultura, CESURG, Sarandi implantado no ano de 2021, através de uma parceria com a UFFS, portanto em seu primeiro ano de produção, e Laboratório de Fruticultura e pós-colheita de frutas, Campus Chapecó, UFFS. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, as plantas foram conduzidas obedecendo aos diferentes sistemas de condução, espaçamentos entre plantas e densidade, os quais definiram os seguintes tratamentos para cada condução: em vaso aberto, com espaçamento entre plantas de 3,5 x 5 m, (571 plantas ha-1); em “Y” (ípsilon), com espaçamento de 1,5 x 5 m (1333 plantas ha-1); em líder central, com espaçamento de 0,8 x 5 m (2500 plantas ha-1); em ‘Duplo Líder’, com espaçamento de 4,5 x 1,2 m (1.852 plantas ha-1), em ‘Triplo Líder’, com espaçamento de 4,5 x 1,4 m (1.588 plantas ha-1), em ‘Quádruplo Líder’, com espaçamento de 4,5 x 1,6 m (1.389 plantas ha-1), em Guyot ou múltiplos líderes, com espaçamento de 4,5 x 2,0 m (1.112 plantas ha-1), cada repetição conta com cinco plantas de cada condução.

Os parâmetros analisados foram: diâmetro de tronco, diâmetro de líder e área média da folha.

Para diâmetro de tronco, foram coletados os dados com ajuda de um paquímetro digital, foram mensurados os troncos cinco cm após a enxertia, os dados também foram expressos em mm, e em diâmetro de lideres foram medidos todos os líderes de cada planta, 10 cm após a inserção ao tronco principal, no caso de plantas com único líder, 10 cm acima da inserção das primeiras ramificações, os dados foram expressos em mm. No caso da área media da folha foram coletadas dez folhas da área media da planta, sendo estas folhas totalmente expandidas, foram mensuradas em um folharímetro e os dados expressos em mm, Os dados foram submetidos a anova e ao teste Shapiro Wilk para verificação de normalidade, posteriormente o teste Tuckey a 5% de probabilidade.

No que tange os resultados de diâmetro de tronco

e área média da folha, não verificamos diferença estatísticas, o tamanho de folhas foi o mesmo para todas as conduções sendo a maior média 26,49 mm e a menor 23,00 mm. Para diâmetros de tronco a média maior foi de 40,03 mm e a menor média de 28,71 mm. No que tange diâmetro de líderes verificou-se diferença entre os tratamentos, a condução com maior diâmetro de líderes foi Y com 18,82 mm de diâmetro, líder central, duplo líder, triplo líder e quádruplo líder foram menores que a condução Y no entanto maiores que  o sistema de condução guyot, que foi inferior a todos os outros, tendo sua media de ramos de 11,97 mm.

Podemos perceber que a condução pode interferir no diâmetro dos líderes, mas ela não influencia no tamanho da folha e também não influencia no diâmetro do caule no primeiro ano da condução.

Publicado
18-10-2022