PROMOVENDO A QUALIDADE DE VIDA DE UMA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM UMA CLÍNICA DE HEMODIÁLISE ATRAVÉS DA AURICULOTERAPIA

  • Pâmela Letícia Weber Universidade Federal da Frnteira Sul
  • Alessandra Yasmin Hoffmann
  • Josiano Guilherme Puhle
  • Débora Tavares Resende e Silva

Resumen

Contextualização: O protocolo de auriculoterapia foi realizado entre os meses de agosto a outubro de 2021, com os colaboradores da equipe multiprofissional da Clínica Renal do Oeste na cidade de Chapecó - SC, que participaram da pesquisa intitulada “Exercício físico de resistência e acupuntura auricular como ferramentas de tratamentos não farmacológicos em pacientes renais crônicos submetidos à hemodiálise”. Objetivos: a aplicação da auriculoterapia teve como objetivo diminuir os níveis de estresse, sintomas físicos e psíquicos dos participantes. Aporte Teórico: A auriculoterapia, advinda da Medicina Tradicional Chinesa, é uma das técnicas que compõem as Práticas Integrativas e Complementares (PICs), que são recursos terapêuticos disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com o intuito de prevenir doenças e auxiliar na reabilitação da saúde. A aplicação do protocolo de auriculoterapia tem como objetivo a estimulação de pontos no pavilhão auricular provocando reações no sistema nervoso autônomo, órgãos e outras regiões em congruência aos meridianos do corpo, com a intenção de restabelecer a homeostasia. Esses efeitos se evidenciam no alívio de dores, além de contribuir no tratamento de problemas físicos e psíquicos e diagnósticos de doenças a partir da observação de alterações dos pontos no pavilhão auricular. Metodologia: após a aplicação do questionário de qualidade de vida (SF-36) pelos acadêmicos vinculados ao projeto, as sessões de auriculoterapia foram realizadas pelo mestrando de Ciências Biomédicas da Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS. O protocolo de auriculoterapia  foi aplicado durante 12 semanas com um total de 12 sessões 1 vez por semana com alternância entre o lado direito e esquerdo dos pavilhões auriculares com a fim de evitar lesões. Durante a sua realização, os colaboradores foram questionados sobre as suas maiores queixas e o tratamento foi direcionado para cada ponto correspondente à solicitação do participante. Após a identificação das queixas principais, foi realizada a higienização e a aplicação das sementes de mostarda nos seguintes acupuntos:  SNC, rim, SNA, relaxamento muscular, analgesia, ansiedade, dupla ansiedade, alegria, subcórtex e fígado energético 1 e 2.  Os participantes foram orientados a estimular os pontos 3 vezes ao dia e a aplicar pequenas pressões nas sementes durante o dia. Resultados: As Práticas de Terapias Complementares são ferramentas muito importantes para a prevenção de doenças e a promoção da saúde também para os profissionais. No contexto pandêmico, onde os níveis de estresse e a carga de trabalho excessiva tiveram um impacto significativo na rotina, qualidade de vida e saúde dos trabalhadores, após o término do protocolo, observou-se, através dos relatos das participantes, uma melhora significativa das queixas físicas e psíquicas e, muitas delas, expressaram o desejo de prosseguir com a prática da auriculoterapia devido aos resultados obtidos durante as sessões. Dessa forma, a auriculoterapia se apresentou como um tratamento terapêutico não medicamentoso eficaz na melhora dos sintomas físicos e psíquicos experienciados pela equipe multidisciplinar.

 Palavras-chave: Auriculoterapia. PICs. Enfermagem.

 

Apoio Financeiro: Universidade Federal da Fronteira Sul



Referências 

 

TESSER, Charles Dalcanale; NEVES, Marcos Lisboa; SANTOS, Melissa Costa. Formação em Auriculoterapia para profissionais de saúde da Atenção Básica. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2016.



BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria no 971 de 3 de maio de 2006. Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. Diário Oficial da União, 2006.



SILVA, Lívia Karoline Moraes da; et al. Auriculoterapia na atenção primária: perspectivas de participantes de um grupo fechado. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Rio de Janeiro, v. 17, n. 44, p. 2687, 2022. DOI: 10.5712/rbmfc17(44)2687. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/2687. Acesso em: 13 ago. 2022.

Publicado
18-10-2022