LEVANTAMENTO FAUNÍSTICO DA FLORESTA NACIONAL DE CAÇADOR, SANTA CATARINA

Resumen

O Brasil possui uma das maiores biodiversidade mundiais. De acordo com o Ministério de Meio Ambiente, atualmente o país conta com mais de 116 mil espécies de animais, possuindo também mais de 46 mil espécies vegetacionais que se encontram tanto nos seis biomas terrestres, quanto nos três grandes ecossistemas marinhos, caracterizando-se como uma vasta área para pesquisas. Com o intuito de proteger e, principalmente, conservar o ambiente natural, as unidades de conservação (UCs), buscam contornar diversos problemas causados pela ação antrópica, independentemente do local em que se encontra. Essas áreas são fundamentais para a conservação da natureza, diversidade biológica, proteção integral, entre outros fins previstos por lei. Incluindo a fauna, que para as unidades de conservação servem como mais um fator de proteção, já que para o estado de Santa Catarina, há 261 (duzentos e sessenta e uma) espécies na lista das espécies ameaçadas. Neste contexto, a principal questão a ser desenvolvida nesta pesquisa é destinada a caracterização da atual configuração zoogeográfica, de animais de médio e pequeno porte, efetuando o registro e identificação das espécies faunísticas, além de compreender os fatores responsáveis e determinantes da fauna local visto que a área nativa mínima da floresta é de apenas 0,7 ha (hectares), ou seja, a porcentagem de mata nativa para a área é de apenas 0,1%. A pesquisa envolverá coletas dos dados efetuados, tanto pelo trabalho in loco, como também das armadilhas fotográficas, videográficas e sonoras, dentro do período de um ano, contemplando o período de dois meses em meio a cada uma das quatro estações, para que desse modo, possa compreender se há em um ou mais desses períodos uma maior migração/incidência de animais presentes na área florestal. Serão utilizadas como principal fonte de coleta de dados, as armadilhas fotográficas, videográficas e som para a identificação das espécies, instaladas estrategicamente em quadrantes, buscando registrar os raios de atuações dos animais, colaborando com a distribuição da fauna, como também a influência que há com a rodovia estadual, da qual divide a floresta em duas partes, podendo interferir no ciclo ecológico. As técnicas utilizadas ao decorrer da produção, como apontadas por Rocha (2011) como a observação visual em campo e registro; observação e registro de sons; observação e análise do comportamento de animais; armadilhas fotográficas (com o auxílio de armadilhas videográficas, além da captação de sons); visualização e registro de pegadas e trilhas de animais; visualização e registro de resíduos ou restos de animais; e por fim, visualização e registro de locais de repouso, refugio, pouso, ninhos, tocas e abrigos de animais. Uma vez de posse dos dados coletados, os registros serão organizados em planilhas eletrônicas, que permitirão uma análise quantitativa por meio da utilização de estatística descritiva e resultados que serão apresentados na forma de gráficos. Buscaremos de maneira geral, indicar a presença, área de distribuição e características das espécies que estão presentes no local por diversos aspectos. A principal questão a ser desenvolvida na pesquisa é destinada a descobrir se há um aumento populacional faunístico dentro da Floresta Nacional, mesmo sendo a área de estudo uma grande parcela, um ambiente modificado com plantas não nativas, além de explicar como a rodovia estadual interfere na relação fauna/flora na área de estudo. Porém, a hipótese é de que mesmo com todos esses elementos apontados, a presença de espécies vegetais nativas e exóticas contribuíram com o desenvolvimento de um sub-bosque e, portanto, sendo possível detectar um aumento da fauna local.

Publicado
18-10-2022