Avaliação produtiva de Diferentes cultivares de framboeseira (Rubus idaeus L>0

  • Juliano Juliano Galina UFFS
  • Clevison Luiz Giacobbo
  • Jorge Luís Mathias
Palavras-chave: Pequenas frutas, Oeste Catarinense, Framboesa

Resumo

Atualmente, o Brasil é o terceiro maior produtor de frutas no mundo, fazendo da fruticultura brasileira um dos segmentos mais importantes do agronegócio nacional (CARVALHO et al., 2017). Na última década a produção de pequenas frutas assumiu grande importância, e tem se destacado no país, especialmente no volume e qualidade dos frutos produzidos (EMBRAPA, 2016). O cultivo da framboesa vem ganhando visibilidade devido ao alto valor agregado e baixa área cultivada nacionalmente tornando-se uma opção para diversificação e geração de renda principalmente para as pequenas propriedades rurais (EMBRAPA, 2016). O objetivo com este trabalho foi avaliar a produção de diferentes cultivares de framboeseiras nas condições de clima e solo do oeste catarinense. Segundo a classificação de Koppen, o clima local enquadra-se na categoria C, subtipo Cfa, e o solo é classificado como Latossolo Vermelho Distroférrico (EMBRAPA, 2004).

O experimento foi conduzido sob um Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC) com 3 tratamentos e 8 repetições em pomar localizado na área experimental da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Chapecó-SC, durante a safra 2020/21. Os tratamentos foram representados pelas cultivares Autumn Bliss, FallGold e Heritage, as quais foram manejadas sobre o mesmo sistema de condução e adubação. Foram avaliadas as variáveis: número de hastes (NH), número de frutos (NF), número de frutos por haste (NFH), peso médio dos frutos (PMF), volume dos frutos (VF) e produtividade (PROD). Os dados foram submetidos a análise de variância (ANOVA) e quando significativos, comparou-se as médias pelo teste Tukey a 5% de probabilidade, com auxílio do software R statistic.

 

Tabela 1. Número de frutos (NF), número de hastes (NH), número de frutos por haste (NFH), produtividade (PROD), peso médio dos frutos (PMF) e volume dos furtos (VF).

Tratamentos (1)

NF

NH

NFH

PROD

PMF

VF

 

 

und m²

und m²

und haste

Kg ha-1

g

cm³

Heritage

2303,00 a

  68,0ns

33,97 a

10940,33 a

1,9050 c

13,1250 b

Autumn Bliss

1803,75 b

64,5

27,96 b

10077,34 a

2,2337 a

16,3125 a

Fallgold

1442,25 b

56,5

25,17 c

 7335,82 b

2,0350 b

14,8125 ab

CV %

15,59

15,15

0,03

16,04

2,01

12,98

               

(1) Médias seguidas de letras minúsculas distintas, nas colunas, diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. NS – Não significativo.

 

Como pode-se observar na Tabela 1, não houve diferença significativa entre os tratamentos somente para a variável NH, indicando que as três cultivares avaliadas apresentam a mesma capacidade de emissão de novas hastes. Para o NF a cultivar Heritage se destacou das demais, apresentando a maior média, porém, não houve diferença significativa entre as cultivares Autumn Bliss e Fallgold para essa variável. Quanto ao NFH as três cultivares em estudo apresentaram diferença significativa, sendo que a Heritage apresentou maior quantidade de frutos por m², seguida da Autumn Bliss e Fallgold, como representado na Tabela 1. Para a variável PMF a Autumn Bliss apresentou frutos mais pesados, seguida da Fallgold com a segunda melhor média e a Heritage, sendo a cultivar que apresentou os frutos mais leves.

A Autum Bliss apresentou VF superior a cultivar Heritage, entretanto, sua média não difere do cultivar Fallgold, indicando que o peso médio dos frutos não possui relação com o volume. Já a cultivar Fallgold não apresentou diferença para a variável VF quando comparada a cultivar Heritage, evidenciando novamente a fraca relação do peso com o volume dos frutos. Não se observa diferença quanto a produtividade para as cultivares Heritage e Autumn Bliss, porém, verifica-se que suas médias são superiores a Fallgold, representando um aumento de até 33% na produção quando comparadas a essa última. Após análise conjunta dos resultados verifica-se que as cultivares em estudo apresentaram boa adaptação as condições de clima e solo encontradas no oeste catarinense, ambiente que proporcionou boas condições para crescimento, desenvolvimento e produção da Framboeseira (Rubus idaeus L.).

Publicado
24-09-2021