SÍNDROME DO ENCARCERAMENTO: REVISÃO DE LITERATURA

  • Talita Costa Barbosa Universidade Brasil
  • Lindemberg Barbosa Júnior Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
  • Marília Rosa Silva Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
  • Raulcilaine Érica dos Santos Universidade Brasil
  • Gustavo Faleiro Barbosa Universidade Brasil
  • Alana Barros Universidade Brasil
  • Isabella Colnago Amaral Riquete Médica da Estratégia Saúde da Família
  • Natasha Christina Zacarias Médica da Estratégia Saúde da Família
Palavras-chave: síndrome do encarceramento, isquemia, acidente vascular cerebral, artéria basilar

Resumo

Introdução: A síndrome do encarceramento se caracteriza por tetraplegia, anartria e preservação do nível de consciência, além de ter certa movimentação ocular, o que faz com que o paciente se comunique. Foi descrita pela primeira vez em 1966, e definida como uma condição associada a lesão ponte ventral, principalmente na artéria basilar, o qual ocasiona ruptura das vias corticoespinhal e corticobulbar, gerando uma severa paralisia, com quadros de quadriplegia ou quadriparesia. Além disso pode ocorrer incapacidade de fala, como afonia ou disfonia grave, com preservação das habilidades cognitivas e sensoriais. Objetivo: Realizar uma revisão bibliográfica para explanar acerca da Síndrome do Encarceramento. Metodologia: O estudo realizado foi uma pesquisa bibliográfica, integrativa. Os recursos utilizados foram literaturas pesquisadas em bases de dados do Pubmed, BVSalud, Scielo, a partir dos descritores: Síndrome do Encarceramento”, “Isquemia”, “Acidente Vascular Cerebral”, “Artéria Basilar”, decorrentes do período entre 2010 a 2020. Foram incluídos trabalhos de relato de caso, revisão de literatura, artigos na integra, na língua portuguesa, inglesa e espanhola. Resultados e Discussão: A síndrome clássica apresenta tetraplegia e anartria com consciência preservada em movimento vertical dos olhos. A incompleta apresenta alguns movimentos voluntários, além do movimento ocular vertical. A total apresenta total imobilidade e incapacidade de comunicação, com consciência preservada. O diagnóstico não pode ser realizado se o movimento ocular vertical não consegue ser percebido em pacientes que não respondem, sendo que quando uma lesão em região ventral de ponte é percebida, em imagens de ressonância magnética, é necessário exame de movimentos oculares bem minucioso. A conduta na fase aguda se deve em manter a via aérea e adequada oxigenação do paciente. Além disso, tratar causas reversíveis e reduzir fatores de risco devido a falta de mobilidade, disfagia e incontinência é imprescindível. Assim como a realização de técnicas de fisioterapia para o quadro respiratório. Conclusão: A síndrome do encarceramento é acompanhada de lesão estrutural. É normalmente causada por trombose da artéria basilar e alguns fatores de risco. Dessa maneira, faz-se necessário a integração da equipe multiprofissional para diagnóstico e proposta terapêuticas para ofertar melhores condições ao paciente.

Publicado
29-03-2021