MENINGITE BACTERIANA: ANÁLISE SOBRE PERCENTUAL DE INTERNAÇÕES E CUSTOS NO ESTADO SÃO PAULO-SP DE 2010 A 2019.

  • VICTOR BARBOSA ASSIS UFPB
  • Emanoelle Aparecida Palangani Centro universitário Inga-UNINGA campus Maringa
  • Yago Felyppe da Silveira Alvim Sant Ana Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF (Campus sede- Juiz de Fora)
  • Henry Ford Dal'Col Frois Universidade Federal da Fronteira Sul-campus Chapecó
Palavras-chave: Meningite; Meningites Bacterianas; Infecções Bacterianas; Infecções do Sistema Nervoso Central; Neurologia

Resumo

Resumo: A Meningite bacteriana é caracterizada por um processo inflamatório, que acomete o espaço subaracnóideo e a região das meninges. Essa doença causa diversas consequências para os pacientes, sendo responsável por um grande número de internações e por um elevado custo para o sistema de saúde. Esse trabalho tem como objetivo apresentar estatísticas referentes ao número de hospitalizações, tempo de permanência nos serviços e custos dos pacientes acometidos pela Meningite Bacteriana no estado de São Paulo. Para tanto, foi realizada coleta e análise de dados presentes no departamento de informática do sistema único de saúde (DATASUS), recorrendo ao período entre 2010 a 2019. Como referencial teórico, buscou−se nas bases de dados SCIELO e PUBMED, utilizando os descritores:  Meningite, Meningites Bacterianas, Infecções Bacterianas, Infecções do Sistema Nervoso Central e Neurologia, utilizando os idiomas inglês e espanhol. Levando em consideração o número de internações por meningite bacteriana no estado de São Paulo (5.772), no período estabelecido, foi possível verificar um aumento considerável de 2.727,5%, sendo que em 2010 foram notificadas 40 admissões, enquanto que em 2019 elevou-se para 1.131. Também foi analisado o tempo médio de permanência nos setores de terapia intensiva (10,8 dias), verificando um crescimento importante de 345,8%, em 2010 esse período era de 2,4 dias e em 2019 aumentou para 10,7 dias. Além disso, obteve-se dados dos custos dessas internações, constatando uma ampliação de 430,9%, onde 2010 apresentava um valor de R$ 491,52 e em 2019 elevou-se para R$ 2.609,82. Com isso, é possível evidenciar uma anormalidade em relação ao número de internações, o que pode estar diretamente associado com a falta de infraestrutura para a realização de diagnósticos mais precisos, ou a ocorrência de subnotificações. Além disso, constata-se um elevado custo associado com as admissões hospitalares, tanto em número, como no tempo de permanência nas UTIs, refletindo diretamente nos gastos públicos com o sistema de saúde. Desse modo, verifica-se a necessidade de otimização dos serviços de saúde, com o intuito de impedir o agravamento dos pacientes, reduzir o tempo e os custos com as internações, por meio da realização de um diagnóstico precoce e a melhora do manejo clínico dessa condição.

Publicado
29-03-2021