EFEITOS DA MÚSICA PARA INDIVÍDUOS COM DIAGNÓSTICO DE ALZHEIMER: UMA REVISÃO DE LITERATURA

  • Brunna Varela Unoesc
  • Elaine De Souza Doneda
  • Beatriz Da Silva Rosa Bonadiman
Palavras-chave: Alzheimer;, Musicoterapia;, Envelhecimento;

Resumo

O envelhecimento é uma etapa do desenvolvimento do ser humano, onde algumas perdas são inevitáveis e, o declínio da memória é considerado normal. A perda de memória patológica, nesse período da vida, prejudica as funções cognitivas e é geralmente associada à doença de Alzheimer (DA). A DA é um processo anormal do envelhecimento, é caracterizada como uma perturbação mental degenerativa com atrofia cerebral, que acarreta na perda da capacidade funcional humana. O primeiro aspecto clínico e sintomas observados é a perca da memória recente, com certa preservação da memória remota. Com o avanço da doença, a memória remota que se encontra preservada nos estágios iniciais, torna-se comprometida, nos estágios mais avançados observa-se a perda da memória global. No entanto, terapias alternativas como a música, pode promover aumento da atividade neuropsicológica e motora, permitindo um aumento das funções cerebrais, podendo ser considerada como um caminho capaz de estabelecer contato com a memória, evocar lembranças, resgatar e reconstruir histórias individuais e grupais. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo investigar através de uma revisão de literatura quais os efeitos da música para o tratamento multidisciplinar em indivíduos diagnosticados com DA. Para isso, foi realizada busca de artigos científicos publicados entre os anos de 2017 a 2020 nas bases de dados PubMed e Scielo, utilizando os descritores: Alzheimer, musicoterapia, envelhecimento. Como resultados, pode-se destacar que, o sistema nervoso central (SNC) tem capacidade de alterar sua estrutura em decurso de suas experiências, alteração essa, chamada de plasticidade neural. Algumas investigações sugerem que a  ativação cortical durante o processamento auditivo da música, reflete as diretamente sobre  as experiências pessoais acumuladas ao longo dos anos.  Ainda, outros estudos ressaltam que a música reduz o nível das catecolaminas presentes no SNC baixando a pressão sobre as paredes dos vasos, levando a reprodução de imagens mentais, influenciando o sistema límbico, em que neuroquímicos liberam serotoninas, endorfinas, encefalinas, opióides endógenos naturais aliviando a dor. Sendo assim, o uso da musicoterapia em indivíduos diagnosticados com alguma demência é importante, pois promove uma melhora na percepção, sensibilidade, emoção e  memória. Além disso, seu uso tem efeitos duradouros, melhora o humor, comportamento e  função cognitiva, estes persistem por horas ou dias depois de terem sido desencadeados pela mesma. Diante do exposto conclui-se que o uso da música é uma terapêutica complementar valiosa, que proporciona sensação de bem-estar, relaxamento, distração, recordações agradáveis e conforto, portanto, desempenha importante papel na manutenção e melhora da qualidade de vida do idoso com Alzheimer.

Publicado
29-03-2021